segunda-feira, outubro 03, 2005

O Regresso às Aulas

Já lá vão 3 semanas desde que as aulas começaram.
As primeiras 2 semanas foram dedicadas a "Campanha Eleitoral" (não, não estou a falar da autárquicas!!) para o CECRI - Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais. Eu fazia parte da Lista B, que saiu vencida das eleições. Foi uma experiência interessante mas que deu para ver que para ganhar tudo vale, que há quem não olhe a meios para atingir certos fins. Mas... enfim! Esperemos que a nova direcção faça um bom trabalho.
Entretanto, os pobres dos caloiros lá vão sofrendo com as praxes. Todos pintados, com as roupas ao contrário, em figuras mais ou menos tristes, lá vão desfilando pela universidade a gritar o nome do curso (entre outras coisas!).
Mas as aulas já comearam a sério e como este ano quero fazer melhorias às cadeiras de alemão e a outras cadeiras, já tive que me começar a aplicar para não chegar à altura dos exames e entrar em depressão.

segunda-feira, setembro 05, 2005

De volta...

De volta a Portugal. De volta a casa.
De volta ao mundo real e (talvez) ao virtual!
Partilhar num post tudo aquilo que foram estes últimos tempos é tarefa que me parece quase impossível.
Unida a milhares de jovens, entrelaçados pela fé no mesmo Deus, participei nas Jornadas Mundiais da Juventude em Colónia.
Sob o tema "Venimus adorare eum" (Viemos adorá-Lo), cerca de um milhão de jovens se deslocou a Colónia, seguindo o exemplo dos Reis Magos.
Foram tempos de partilha. Partilha de culturas e tradições. Partilhas de fé.
Foram tempos de amizade. Novos laços que me ficaram a unir aos quatro cantos do mundo.
Colónia, Bona, Dusseldorf e Wuppertal. Catequeses e concertos. Bandeiras e hinos. Portugueses, alemães, brasileiros e bósnios. Momentos inesquecíveis.
Mas o ponto alto, aquele que talvez tenha trazido maiores emoções foi o tão esperado encontro com o Papa Bento XXVI. Talvez lhe falte o calor que João Paulo II transmitia, mas mesmo assim as suas palavras tocaram os corações de todos os jovens.
E assim terminei o meu ano de Erasmus na Alemanha. Um ano também ele marcado pelas novas amizades, pela partilha cultural,... E agora há que cair na realidade.

domingo, junho 26, 2005

Phantasialand

No sábado fui até à Phantasialand, uma espécie de Disnayland (mas muito melhor que a Brancalândia).
Um daqueles sítios onde se testa a adrenalina ao máximo (e eu que não sou nada dessas coisas!). E para começar em cheio meti-me logo dentro daqueles comboios na água (em que depois se desce a pique e se fica todo molhado). Aquilo cá de fora até parecia que a descida era pequenina e nem era muito acentuada, mas quando se está dentro das coisas tem-se uma visão diferente... O que eu gritei. Quase que sentia o coração nas mãos!!!! Apesar de ter sido divertido, foi uma daquelas experiências que não quero voltar a repetir (só de me lembrar daquela descida!!!).
Simuladores, filmes 4D, andar de barco, são outras das actividades em que também se pode participar.
Foi um dia muito agradável, apesar da grande molha que apanhámos no início (não no tal comboio, mas mesmo da chuva!).
E agora de volta a mais uma semana de aulas, já em contagem decrescente para as férias.... já só faltam 3 semanas (acho que é a primeira vez na minha vida que vou tenho aulas em Julho!).

segunda-feira, junho 20, 2005

Diferenças culturais

A cada país sua cultura, usos e costumes.
E até mesmo as festas de anos mudam de país para país.
Aqui na Alemanha é normal o aniversariante convidar os amigos para a festa, mas o convite inclui que os amigos tragam um x de dinheiro para ajudar para a festa (mesmo quando a festa é em casa do aniversariante), bem como as bebidas. Assim, o convidado não leva nenhuma prenpra ao aniversariante. Esta é uma daquelas tradições alemãs que mais me custa a perceber...
Por sua vez, nos Estados Unidos, não são os aniversariantes que dão as festas, mas sim os amigos dos aniversariantes. Ou seja, os amigos preparam uma festa surpresa para o aniversariante, onde todos contribuem para a festa (e há prendas!!). Só no caso de uma pessoa não ter bons amigos é que tem que ser a própria a preparar a festa, o que não é muito bom sinal.
Na sexta-feira passada fizemos a festa surpresa para uma das minhas amigas americanas que faz amanhã anos e amanhã volto a ter festa uma vez que ela convidou alguns amigos para irem jantar com ela (mais à maneira portuguesa!)

terça-feira, junho 14, 2005

Em Memória...

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

... de Eugénio de Andrade

segunda-feira, junho 13, 2005

Karmann - Viagem ao mundo automóvel

Esta manhã fui a uma visita guiada na Karmann.
A Karmann é uma das maiores empresas aqui da cidade e emprega cerca de 6 mil pessoas, das quais um grande número de portugueses (aliás, a Karmann foi um dos motivos, se não o principal, por que a grande maioria dos portugueses veio para Osnabrueck).
A fábrica em si é enorme, uma daquelas aldeias industriais, com mini-autocarros internos e até há quem ande de bicicleta dentro dos próprios pavilhões (não estivéssemos nós na Alemanha!).
Por dia são montados 100 carros, em dois turnos. O carro agora aqui a ser montado é o Crysler Crossfire, que custa uns míseros 50.000€ e alguns Mercedes CLK. São ainda aqui feitas as chapas da carroçaria para o novo Renault Megane, entre outros.
Dentro dos pavilhões o barulho é imenso, tanto que para ouvirmos a guia tínhamos que levar uns auscultadores próprios. Conseguimos ver o processo de montagem todo, desde a montagem da carroçaria ao carro a sair pronto para ir para a fábrica (e a vontade que não dava de levar um para “recordação”! Mas, os que foram montados hoje já estavam todos vendidos!).
A Karmann já fabricou mesmo um carro, o Karmann Ghia, que faz este ano 50 anos (se não estou em erro).
Foi uma manhã muito interessante, onde fiquei com uma ideia de como se monta um carro, um processo que cada vez menos requer a mão humana.

quarta-feira, junho 08, 2005

Uma questão de higiene!

Hoje tivemos reunião aqui na residência, para falar sobre a limpeza da cozinha. O problema é que parece que por mais reuniões que se tenha, há sempre alguém que faz “ouvidos de mercador” e quase se chegar ao ponto de meter nojo entrar na cozinha.
Pelo que parece a semana passada teve que haver uma desinfestação de baratas (que nojo!!!) na residência toda e veio uma comissão fazer uma vistoria à cozinha e, pelo que parece (e não me admira nada) a nossa cozinha chumbou a nível de higiene.
Assim, a partir de agora todas as semanas, o encarregado da residência fará uma vistoria às cozinhas e colocará um autocolante a dizer aprovado ou não. Quando a cozinha for reprovada duas semanas seguidas… fecha por tempo indefinido.
É certo que é difícil que uma cozinha da qual se servem 20 pessoas esteja sempre impecável, mas se cada um limpar o que suja, já é meio caminho andado. E a higiene numa cozinha é muito importante.
Eu, por mim, continuo a recusar-me a cozinhar lá, apenas me sirvo do frigorífico e do micro-ondas.

domingo, junho 05, 2005

De lentes de contacto

Quinta-feira estava muito descansadinha a limpar os meus óculos, quando fiquei com metade dos óculos em cada mão!
Nem queria acreditar!! E logo os meus óculos, sem os quais não consigo viver!
E lá fui eu desesperada para a óptica. Eu até já estava a planear comprar uns óculos entretanto, já tinha ido ao oftalmologista e tudo. Bem que o raio dos óculos podiam ter esperado mais uma semana, mas não!!
Bem, e lá fui á óptica mas como a minha miopia é muito avançada (ou seja, sou meia-cegueta!) as minhas lentes demoravam 10 dias a vir. E o que seria de mim 10 dias sem ver??? O homem ao ver o meu desespero mandou-me à secção das lentes de contacto, onde sou informada que umas lentes para mim demorariam uma semana a chegar. Completamente desesperada disse à mulher que precisava mesmo que ela me arranjasse alguma coisa. E lá consegui que me mandasse vir lentes diárias e naquele dia usava as lentes de "teste".
O grande problema é que um dos meus olhos rejeita a lente e tenho uma dificuldade enorme a pô-la e quando a consigo pôr passa o dia a incomodar-me imenso.
E logo agora que eu tenho tantos trabalhos para fazer e que passar horas ao computador. Mas lá vou ter que fazer o esforço, porque os trabalhos não se escrevem sozinhos!

quarta-feira, junho 01, 2005

Dia da Criança

Desde pequenina que me lembro de neste dia receber uma prenda, uma pequena lembrança, e hoje não foi excepção!
Apesar de já ter passado a idade, apesar da distância, a minha mãe não se esqueceu e mandou-me uma caixinha de bolinhos.
Fez me pensar na minha infância, na infância feliz que tive, ao contrário de muitas outras crianças. As oportunidades que me foram dadas e o amor e carinho com que fui sempre presenteada.
E quanta criança espalhada por esse mundo... sem família, sem um tecto, sem alimentos, sem amor.
Quanta criança que nem sequer sabe que hoje é o seu dia!

domingo, maio 29, 2005

Festa Final da Catequese

Aqueles rostos sorridentes e inocentes que nos acompanharam ao longo do ano, que vimos crescer mais um pouqinho, corriam, pulavam e brincavam pelos jardins, com as mãos besuntadas de bolos e waffels.
O sol brilhava intensamente, mas as árvores ofereciam-nos a sua sombra fresquinha, o que foi óptimo para fazer a festa final da catequese ao ar livre. Pois é, ainda no outro dia entrei naquela sala e dei com todos aqueles olhos curiosos e sorrateiros, a espreitarem por detrás das secretárias, a apalparem terreno, para saberem com o que podiam contar. E ontem aquelas mãos pequeninas presentearam-me com flores e chocolates a agradecerem a minha disponibilidade e paciência.
Como se só eles é que tivessem que agradecer! Eles que me ensinaram o que é ser criança, me mostraram as suas pequenas descobertas. Eles que foram uma grande companhia todos os sábados, com aqueles sorrisos marotos e aqueles beijinhos carinhosos. Eu é que tenho que agradecer o acolhimento, o apoio e o carinho.
E assim terminou mais um ano de catequese aqui na Comunidade Portuguesa de Osnabrueck.

segunda-feira, maio 23, 2005

Hausarbeiten

Tenho dedicado todo o tempo livre dos meus dias aos trabalhos que tenho que fazer.
De momento, ando de volta de um trabalho sobre o Sistema Político Português, que se está a revelar mais interessante do que eu pensava! Ao princípio achava que 20 páginas era mais do que suficiente para dissertar sobre o tema, mas já estou a chegar ao fim das 20 páginas e só me apetece ir pedir ao professor permissão para escrever outras 20, porque aparecem sempre coisas novas e interessantes para falar. Ou seja, mal acabe o trabalho tenho que fazer uma revisão geral e tirar certos excertos não tão relevantes para o trabalho em si. Tarefa difícil! Mas por enquanto quero é acabar de escrever este, e se conseguir cumprir o prazo que me dei está pronto na próxima semana, para começar a pensar no seguinte.
(Ainda assim, é mil vezes melhor do que ter exames!)

terça-feira, maio 17, 2005

Paris e Bruges

Este foi daqueles fins-de-semana em que os dias pareciam esticar à nossa medida. Em apenas dois dias consegui conhecer os pontos principais de Paris, com subida à Torre Eifel, passagem por Notre Dame, Arco do Triunfo e Champs Elysées. Visita obrigatória ao Louvre e ainda deu para ver os jardins do Palácio de Versailles.
Fiquei encantada com a Cidade Luz, embora não a tenha visto de noite. E deliciei-me com os croissants!
Na viagem de regresso ainda deu para passear um pouco por Bruges, na Bélgica, uma cidadezinha medieval que leva de volta à Idade Média.
Resumindo e concluindo, ADOREI! e espero poder voltar um dia com mais calma, para ver aqueles recantos que ficaram por ver.

quinta-feira, maio 12, 2005

A mala já está à porta...
Daqui a umas horas lá vou eu rumo a terras francesas. Vou passar o fim-de-semana a Paris juntamente com uns amigos portugueses, mas ainda nos esperam umas quantas horinhas de viagem. Mas só de pensar que vou poder ver a Torre Eifel e o Louvre e, quem sabe, os Champs Elyses, já vale a pena!
O meu francês é que anda pela hora da morte, por isso só mesmo o inglês me vai poder safar!
E... "Au revoir"!

quarta-feira, maio 11, 2005

Tempo...

Não sei bem o que se passa, mas parece que alguém anda a roubar horas aos meus dias. É que mal o dia começa, parece que já está a acabar e eu pouco ou nada fiz. Ele são aulas, explicações (estou a dar explicações de inglês a 3 pessoas, há que fazer pela vida!), dois dedos de conversa com os amigos e uma voltinha pela Maiwoche e está mais um dia passado.
Mas, pelo menos para a semana tenho férias, uma merecida semaninha de férias (Férias do Pentecostes), e espero poder aproveitar para dar um grande avanço aos meus trabalhos.

domingo, maio 08, 2005

Momentos

No dia 7 de Maio de 1945 caiu a última bomba da II Guerra Mundial em Osnabrueck.
Este momento foi lembrado ontem com a celebração de uma missa na cidade. As celebrações estam a decorrer por toda a Alemanha e o Chefe de Estado alemão, Horst Koelher, relembrou: "Nós (os alemães) temos a responsabilidade de manter a lembrança de todos os sofrimentos e das suas causas e devemos fazer tudo para que isso jamais se repita".
Ainda hoje, no sub-solo de Osnabrueck se vão encontrando bombas da Grande Guerra que não chegaram a explodir. Assim, por vezes, lá mandam as pessoas sair de casa (por norma aos Domingos) para que a brigada anti-minas possa proceder à remoção destas em segurança.

E a Comunidade Portuguesa também esteve hoje em festa, uma vez que 14 meninos fizeram a sua Primeira Comunhão e 8 a Profissão de Fé, ao mesmo tempo que acolheu 3 meninas que foram baptizadas.
Foi uma festa muito bonita com o tema “Com Jesus num barco”, onde se mostrou às crianças que todos precisamos de um barco na nossa vida, um barco que nos dê segurança e abrigo, mas que para esse barco andar é preciso remadores e esses remadores somos todos nós.

sábado, maio 07, 2005

"Get to know each other"

Para os festejos da Maiwoche foram convidadas várias comitivas das cidades geminadas com Osnabrueck, entre as quais Vila Real (embora esta ainda não seja “cidade geminada”).
Assim, ontem à noite, juntamente com uma amiga, “infiltrámo-nos” na comitiva (a convite de uma amiga que era a tradutora do grupo) para podermos confraternizar um pouco mais com portugueses e também para poder contactar com uma das pessoas do grupo que é licenciada em Relações Internacionais.
Era uma “Get to know each other” party e de repente demos por nós num jantar onde estava o Presidente da Câmara da cidade, assim como outras figuras importantes de Osnabrueck.
Após o jantar-convivio, fomos provar uma cerveja “made in Osnabrueck” (eu contentei-me com um suminho de laranja!) num dos bares típicos da cidade.
E assim se passou um agradável serão na sempre boa companhia de portugueses!

quinta-feira, maio 05, 2005

Maiwoche

Passava pouco das 6 da tarde, quando o Presidente da Câmara partiu o barril da cerveja, dando início à Maiwoche.
A Maiwoche é a semana (que este ano são 12 dias) mais animada do ano em Osnabrueck. As ruas enchem-se de barriquinhas cheiinhas dos mais variados petiscos e claro, não podiam faltar as cervejas, nem as salsichas. Há ainda a bebida tradicional desta semana que é uma mistura de vinho com champagne e morangos (dizem os apreciadores que é uma delícia!).
Por toda a cidade estão espalhados vários palcos onde actuam diversas bandas. Há para todos os gostos! Hoje foi dia de "The Lords" e de "Kissing Time" (banda que imita os Kiss), entre outros.
Assim, ao longo dos próximos dias as ruas da cidade vão andar a fervilhar de vida.

segunda-feira, maio 02, 2005

25 de Abril - atrasado!

Ter “Portugal no coração” é estar longe e estar sempre perto!
E, assim, mesmo com uns dias de atraso no sábado passado o Centro Português de Osnabrueck celebrou o dia do sócio, o qual se insere nas comemorações do 25 de Abril. O cheiro das sardinhas e o bom tempo convidavam todos para a patuscada que antecedeu o baile. Sardinhas com broa, bifanas e lentrisca.
E lá para o fim da noite, os Metralhas começaram a tocar. A “Menina estás à janela”, as “Dunas”, entre muitas outras, puseram toda a gente a dançar. No fim já éramos poucos na “pista”, mas bons!
E assim foi o meu primeiro português em terras alemãs, eu que nunca tinha ido a nenhum. Mas, foi uma noite muito bem passada!

domingo, maio 01, 2005

Obrigado Mãe

As mães são verdadeiramente espantosas! Têm capacidades que nos deixam completamente surpreendidos. Carregam fardos e dificuldades, mas mantendo um clima de felicidade, amor e alegria. Sorriem quando querem gritar. Cantam quando querem chorar. Choram quando estão felizes e riem quando estão nervosas. Lutam por aquilo em que acreditam e não aguentam injustiças. Não aceitam um “não" quando acreditam que existe uma solução melhor.
Prescindem de tudo para dar à família. Têm uma força além de todos os limites!
Amam incondicionalmente! (texto adaptado)

Por isso, hoje, quero aqui abraçar a minha mãe! Sussurrar-lhe ao ouvido o quanto a amo e as saudades que tenho dela. Mas que apesar dos quilómetros que nos separam, ela está aqui juntinho a mim, dentro do meu coração.
Muito obrigado Mãe!

sábado, abril 30, 2005

Lição de Vida

Deixo uma história que nos dá uma lição de vida.
"Um professor diante da sua turma de filosofia, sem dizer uma palavra pegou num frasco grande e vazio de maionese e começou a enchê-lo com bolas de golfe.
A seguir perguntou aos estudantes se o frasco estava cheio. Todos estiveram de acordo em dizer que "sim".
O professor tomou então uma caixa de fósforos e a vazou dentro do frasco de maionese. Os fósforos preencheram os espaços vazios entre as bolas de golfe O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, eles voltaram a responder que "Sim".
Logo, o professor pegou uma caixa de areia e a vazou dentro do frasco. Obviamente que a areia encheu todos os espaços vazios e o professor questionou novamente se o frasco estava cheio. Os alunos responderam-lhe com um "Sim" retumbante.
O professor em seguida adicionou duas chávenas de café ao conteúdo do frasco e preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes riram-se nesta ocasião.
Quando os risos terminaram, o professor comentou:
- Quero que percebam que este frasco é a vida. As bolas de golfe são as coisas importantes, como Deus, a família, os filhos, a saúde, os amigos, as coisas que vos apaixonam. São coisas que mesmo que perdêssemos tudo o resto, a nossa vida ainda estaria cheia. Os fósforos são outras coisas importantes, como o trabalho, a casa, o carro etc. A areia é tudo o resto, as pequenas coisas.
Se colocamos primeiro a areia no frasco, não haverá espaço para os fósforos, nem para as bolas de golfe. O mesmo ocorre com a vida. Se gastamos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teremos lugar para as coisas que realmente são importantes.
Prestem atenção às coisas que realmente importam. Estabeleçam as vossas prioridades, e o resto é só areia.
Um dos estudantes levantou a mão e perguntou:
- Então e o que representa o café?
O prof sorriu e disse:
-Ainda bem que perguntas! Isso é só para vos mostrar que por mais ocupada que a vossa vida possa parecer, há sempre lugar para tomar um café com um amigo. "

quarta-feira, abril 27, 2005

Limpezas

Estou super cansada!
Depois de correr um míseros 7 minutos (uma tentativa de fazer jogging. Mas a falta de exercício físico fez com que ficasse frustradíssma, o que me levou à conclusão que tenho que começar a fazer algum exercício, senão qualquer dia não consigo mexer-me!), tive que vir para casa onde me esperava a árdua tarefa de lavar a cozinha juntamente com o resto do pessoal do corredor. Assim passei cerca de hora e meia a lavar frigoríficos.
E depois do merecido duche, vou voltar ao meu chinês, porque ainda me falta saber algumas palavras para a aula de amanhã.

terça-feira, abril 26, 2005

Olhar guloso

Como não tinha almoçado dirigi-me à pastelaria mais próxima, enquanto esperava pelo autocarro. Lá dentro a escolha ficava limitada, uma vez que a variedade não é tanto grande quanto nas pastelarias portuguesas. Optei por uma palmier com chocolate, o que me parecia mais apetitoso e que não era tão caro (dois factores a ter em conta).
Fui-me dirigindo para a paragem saboreando o chocolate e nem vi uma menina aproximar-se de mim. Só de repente vi que dois olhos gulosos me fitavam de tal forma que se pudessem já tinham comido todo o chocolate do meu bolo, ainda tentei ignorar porque a mãe estava ali ao pé e não saberia qual seria a sua reacção de eu oferecer o bolo à menina… Mas aqueles olhos continuavam-me a fitar e eu já nem me sentia bem comigo mesma, por isso perguntei-lhe se queria um bocadinho do meu bolo. E foi como se de repente tivesse acordado. Disse imediatamente que não e dirigiu-se à mãe para lhe contar que eu lhe tinha oferecido um bocadinho do meu bolo e que ela tinha dito que não. Toda satisfeita com ela própria, foi ter com uma outra menina para brincar.
E eu apanhei o meu autocarro.

segunda-feira, abril 25, 2005

Flohmarkt

Flohmarkt. Uma espécie de feira da ladra, em versão alemã, em que cada um leva o que tem em casa e que já não faz falta ou já não gosta. Desde roupa e brinquedos de criança a objectos decorativos e bujigangas.
As ruas da cidade estavam repletas de pequenas bancas cheias de objectos de todo o tipo. É ao gosto do freguês. È só preciso uma “licença” da Câmara e depois levar a banca e a mercadoria e “abancar”.Começou no sábado à noite, prolongando-se pela noite dentro, até ao domingo ao fim da tarde.
Eu fui no sábado à noite com uma amiga. As ruas estavam apinhadas de gente, tanto que havia sítios onde se tinha que andar tipo-sardinha-enlatada. A noite estava óptima, o que foi muito bom para os “feirantes” que iam ali passar a noite. De gelado na mão lá corri as pequenas banquinhas sempre à procura de chineses, porque eram os únicos que tinham bijuteria ;-)

quarta-feira, abril 20, 2005

Continuação?

Fiquei triste com a notícia, mas cá no fundo algo sempre me dizia que seria essa a escolha.
Gostaria de acreditar que o Conclave ainda não acabou, que hoje voltaríamos a ver sair fumo negro da chaminé da Capela Sistina e que os Cardeais teriam mais tempo para ponderar a sua escolha. Mas como as coisas não são assim e não sou eu que mando… tenho que me contentar com a escolha e pedir que o Espírito Santo ilumine o Cardeal… o Papa Bento XVI (ainda me custa não o tratar por Cardeal Ratzinger).
Acredito que talvez fosse esta a vontade de João Paulo II, uma vez que o Cardeal Ratzinger (lá estou eu a cair no mesmo erro) era o seu braço-direito, apesar das suas atitudes por vezes mais conservadoras.
No entanto, eu esperava alguém de um país não europeu. Já era tempo de dar voz aos países subdesenvolvidos. Alguém que desse uma outra dinâmica à Igreja e que continuasse a chamar os jovens.
Resta-me acreditar que o Papa Bento XVI poderá pelo menos continuar a obra de João Paulo II…

domingo, abril 17, 2005

Fim-de-Semana...

Quería-vos contar um pouco do meu fim-de-semana...
Dizer que finalmente conheci uma pessoa que sabe onde é Leiria (uma alemã que conheceu em Erasmus um português que estuda em Leiria) ;-). Que fui à festa de anos de uma colega de Erasmus italiana onde conheci montes de pessoal porreiro. Que... Que...
Mas esta constipação, de que talvez a "noitada" de ontem seja a culpada, está-me a dar uma volta à cabeça, fazendo com que as palavras teimem em sair mas sem sentido algum.
Por isso, acho que o melhor é recolher-me ao “vale dos lençóis” com o meu cházinho quente, já que os “miminhos da mamã” estão um bocado longe…

quinta-feira, abril 14, 2005

Dào.

Dào! Presente!
Esta foi a primeira palavra que aprendi em chinês. Somos cerca de 15 pessoas, todos com uma enorme curiosidade em aprender esta língua que nos deixa os “olhos em bico”.
A aula mais parecia uma aula de música, daquelas onde todos repetimos as escalas musicais para afinar as gargantas. Em chinês, cada vogal e cada ditongo tem quatro tons diferentes, por isso se dermos a entoação mais para cima ou mais para baixo mudamos imediatamente o sentido da palavra.
É também uma espécie da aula de desenho porque desenhar aqueles caracteres também requer a sua arte. Os meus acho que até não ficaram maus de todo, mas para a próxima temos que levar cadernos pautados para terem todos o mesmo tamanho.
Entre sons e rabiscos, lá aprendemos a dizer aquelas coisas básicas como “O meu nome é…” ou “Sou portuguesa” (coisa que em chinês não é tão bonito de se dizer já que a sonoridade da palavra é qualquer coisa como puta…, mas enfim!). O que é certo é que para a semana temos que saber dizer os números até dez todos de seguida e saber “desenhá-los”.
E acabo com um “zàijiàn”, ou seja, “Até à vista!”

terça-feira, abril 12, 2005

Aulas?!?!

Terça-feira, dia livre.
Aproveito para dar uma volta pela cidade, ver as montras e fazer as compras da semana. É como se a semana ainda não tivesse começado, uma vez que ainda não tive nenhuma aula (ou melhor, tive uma na segunda-feira mas faltei). Mas amanhã já tenho aulas e volto a ficar de fim-de-semana na quinta à noite, já que sexta-feira também é dia livre (se fizermos bem as contas, só tenho um dia e meio de aulas por semana). E ainda agora começou a semana e já parece que está no fim! (lol)

segunda-feira, abril 11, 2005

Amesterdão

Amesterdão. Cidade conhecida pelos Coffee-shops, pelo red-light district e pelos seus canais. Uma cidade jovem, a borbulhar de vida, num país onde quase tudo é permitido.
A cidade em si é um pouco cinzenta e suja, tem um ar triste. Mas o ambiente cosmopolita que paira no ar, dá-lhe uma vida um pouco diferente das cidades a que estamos habituados. Na rua os bonés jamaicanos dão um colorido diferente às rastas. Combinações de hippies e dreads misturam-se com os cidadãos normais, dando um novo colorido à cidade.
Nos bairros “tradicionais” as sex-shops confundem-se com os supermercados e os restaurantes. Por detrás de uma pequena janela, numa espécie de montra, mulheres para todos os gostos insinuam-se aos transeuntes.
Num passeio pelos canais da cidade fiquei com uma visão geral de Amesterdão, assim como com um pequeno esclarecimento histórico. Nos canais amontoam-se barcos-casa que são a residência legal de muitos cidadãos de Amesterdão, uma vez que a cidade já não tem mais terreno para construção. No entanto, para muitos este foi o estilo de vida adoptado.
Fui ainda à Sinagoga Portuguesa, a maior sinagoga na Europa, construída por portugueses e espanhóis que fugiram da Península Ibérica durante a Inquisição (século XVI).
O tempo parecia voar e já não dava para visitar o Museu do Van Gogh nem a casa da Anne Frank. Assim fica a promessa de uma próxima visita.

domingo, abril 10, 2005

Na Catequese...

Eles querem brincar, pular e gritar. Ouvir uma história, correr, saltar mesas e cadeiras. Mas se começamos a contar a história perguntam-nos “Quando é que vamos fazer um desenho?”, porém ao fim de cinco minutos a fazer o desenho é vê-los a correr a sala de uma ponta à outra, a descobrirem coisas que nunca antes tinham visto na sala.
Falamos-lhes de Jesus, de Maria, de Deus e as dúvidas começam. Aquelas pequenas perguntas que a nós talvez nunca nos passem pela cabeça a eles saem-lhes como se fosse tão óbvio. E nós, catequistas, por vezes ficamos de boca aberta e sem saber o que responder.
As meninas ouvem as “histórias” com atenção e mandam calar os rapazes se estes as distraem. Concentram-se nos desenhos e perguntam-nos se esta cor fica bem com aquela. Os meninos, por natureza mais irrequietos, conseguem acabar o desenho em menos de 5 minutos, chateando-se uns aos outros “roubando” as canetas do parceiro. Por vezes quando passamos escondem os desenhos, não querem que nós vejamos, tem que ser surpresa até ao fim. E no fim presenteiam-nos com aquelas pequenas obras-primas, cheias de colorido e imaginação.

quinta-feira, abril 07, 2005

Coragem (?)

Faltavam cerca de 15 minutos para a aula começar. Ia ter Sistemas Políticos da EU II e na sala ainda só estava eu e um rapaz com quem tinha tido aulas o semestre passado.
- És de Portugal, não és? – perguntou para meter conversa.
- Sou – respondi, evitando a pergunta “És alemão, não és?” porque a resposta era mais que óbvia.
Passados alguns segundos de silêncio:
- E já tinhas estudo alemão lá?
- Já, três anos. Ah, não, afinal foram cinco.
- Cinco?
- Sim, só que só damos gramática e pouco mais, quase não falamos. – respondi tentando explicar como é que se estuda cinco anos alemão e afinal não se sabe quase nada.
- Foge, eu tive francês durante 3 anos, mas nunca era capaz de ir para lá estudar, porque já não sei nada – retorquiu como que espantado.
- Eu quando aqui cheguei também era como se não soubesse nada. E ainda agora é muito difícil para mim.
- Mesmo assim, é preciso muita coragem para ir para um pais onde quase não percebes o que as pessoas estão a dizer.
- Mas também é uma experiência única nas nossas vidas.
A porta abriu-se e entrou uma avalanche de pessoas que encheram a sala num ápice, entre elas vinha a professora que começou a aula.

quarta-feira, abril 06, 2005

Caras novas

Encontros.
Re-encontros.
Rostos novos, cheios de expectativas, de sonhos.
Re-encontros.
Amigos que já partiram, mas que deixaram saudade.
Amigos que voltamos a encontrar, com quem partilhamos aquelas pequenas aventuras das férias. Risos. Frases onde o inglês, o alemão e todas as outras línguas se confundem, numa tentativa de não deixar escapar qualquer pormenor, como se também nós lá tivéssemos estado.
“Olá, eu sou o Johny da América Central” ou “Olá, eu sou a Jenny dos EUA”
Timidamente aproximam-se de nós. Daquele grupo que parece já se conhecer há algum tempo, que parece estar mais à vontade que os outros. Mas, também nós chegámos aqui sozinhos e às cegas, sem saber o que nos esperava. Também nós gostámos de ser recebidos de braços abertos e de ter alguém disposto a esclarecer-nos aquelas pequenas dúvidas.
Por isso, alargámos a “roda” e convidámo-los a entrar.

segunda-feira, abril 04, 2005

Início do 2º Semestre

É um bocado estranho começar o segundo semestre, numa altura em que a maioria das pessoas já vai a meio dele, mas é assim que se passam as coisas por aqui.
Hoje tive a minha primeira aula deste semestre, Internacionalidade dos Media, e já tenho uma apresentação oral marcada. Agora há que entrar no novo ritmo das aulas, até porque vou ter uma aula às 8 da manhã (!!). No entanto, o horário ainda é mais leve que no semestre passado, embora ainda não esteja completamente definido.

Enquanto isso, vou aproveitando para passear pelas ruas floridas da cidade. Como os dias estão (relativamente) quentes já se vão descobrindo os braços e as pernas brancas, os jardins vão-se enchendo de pessoas a brincar e passear. A Primavera sente-se no ar!

domingo, abril 03, 2005

A Deus

Não há palavras que descrevam este momento…

Um dos Papas mais queridos da História entrou na “morada eterna”, deixando como que um vazio no coração de muitos.
A sua força de vontade e perseverança ajudaram a mudar o curso da história ocidental, assim como da própria Igreja católica. Lutou pela igualdade, pela liberdade, pela paz e pela fraternidade.
João Paulo II aproximou mais a Igreja (como instituição) dos seus crentes, viajando por todo o mundo, chamando os jovens e desafiando convenções.
Um homem revolucionário, que ficará para sempre nos nossos corações agora que partiu para junto do Pai.

ADeus!

sexta-feira, abril 01, 2005

De volta...

De volta... a terras germânicas, após umas longas férias em Portugal.
Tenho aproveitado estes dias para preparar as coisas para este segundo semestre, como fazer o novo plano de estudos e tratar de todas as outras burocracias.
Por cá o sol vai brilhando, apesar do ar ser frio, mesmo assim é óptimo para dar umas voltas pela cidade com amigos. Fui também a uma nova piscina que abriu na cidade, uma espécie de mini-parque aquático com piscinas interiores e exteriores, onde se passa uma óptima tarde e fui ontem jantar a Leverkusen.
Por agora vou acabar o meu plano de estudos, para segunda-feira poder regressar às aulas já com a certeza de que cadeiras vou ter.

domingo, março 06, 2005

Férias?

Tenho passado os dias numa tal correria, que acho que ainda não descobri o verdadeiro significado da palavra "férias". Será ele apenas "não fazer nada"? Porque se for, então não posso dizer que esteja de férias.
A mim parece-me mais, que é o podermo-nos dar ao luxo de fazer coisas que durante o tempo de aulas (no meu caso) não podemos fazer. Se assim for, então considero-me verdadeiramente em férias.
Poder estar com os amigos. Poder fazer aquelas pequeninas coisas que vamos sempre adiando. passear. Ver aquele filme que há tanto queríamos ver (e até tenho visto o Rex que é para ver se não me esqueço do alemão. Lol!).
Férias! Que bom que é estar de férias!

domingo, fevereiro 27, 2005

Fim de Semana

Fim de Semana…

Tempo de partilha familiar.
Tempo para fugir à rotina da semana.
Tempo para rever aqueles que há já tanto tempo que não vemos.
Tempo para descansar.

Estar enrolada numa manta no sofá a ver um daqueles filmes de sábado à tarde.
Visitar as avós e encontrar primos e tios, afilhados e amigos.

Momentos.
(Re-)Encontros.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Lar, doce Lar

Quando o avião aterrou, apoderou-se de mim uma sensação estranha... boa, de felicidade. Que bom que é voltar a casa. Que bom que é voltar a ver aqueles que cá ficaram. Que bom que é andar na rua e perceber as conversas (na íntegra).
Lá fora não nevava, nem chovia. O sol brilhava, como que dando as boas-vindas aos passageiros que acabavam de aterrar.
Beijinhos e abraços. Contar como correu a viagem. Contar os momentos mais marcantes, partilhando com os outros as nossas experiências.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Caminhos cruzados, caminhos desencontrados

Fazer as malas é uma daquelas tarefas que sempre me deu um gozo enorme. O antever de uma viagem. A ânsia da partida. O encontro e o reencontro. O Adeus.
Na mala tento levar o máximo que posso, ou melhor o mínimo do que já não posso. Mas levo também rostos, palavras e gestos, amizades e saudades. Momentos inesquecíveis que não se tornarão a repetir. Rostos que permanecerão para sempre como recordação de um certo lugar. Rostos que talvez não mais volte a encontrar, mas que farão sempre parte daquele momento.
Sei que quando voltar, já não encontrarei alguns dos amigos que partilharam comigo e com quem partilhei alegrias e desilusões, conquistas e frustrações. Mas a vida é mesmo assim, por vezes certas pessoas cruzam-se connosco no nosso caminho, mas ao fim de algum tempo o seu caminho diverge do nosso… temos que nos separar. Sempre com a esperança de que, talvez um dia, os nosso caminhos se voltem a encontrar. Até lá…

domingo, fevereiro 20, 2005

Não me vou pôr para aqui com manifestações sobre as eleições até porque, como disse anteriormente, se tivesse que ir votar não saberia em quem. Espero apenas que o voto dos portugueses tenha sido um voto consciente. Ao votarmos não devemos ter apenas em linha de conta o partido da nossa preferência (sejam eles os “laranjinhas”, os “rosinhas”, os “vermelhinhos”, e todos os outros “inhos”), mas também a pessoa em quem estamos a votar (o seu carácter, a sua ambição, a sua força de vontade,…), pois será ela quem guiará o nosso país ao longo dos próximos 4 anos.
Portugal precisa de encontrar a força necessária para sair da crise (económica, social, política,…) em que se encontra e o caminho a percorrer ainda é longo. Temos que saber aproveitar a nossa posição geográfica, as nossas riquezas, a nossa cultura. Portugal não é só futebol e Algarve. Portugal é muito mais do que isso. Mas, enquanto nós não olharmos para nós próprios, enquanto não descobrirmos as riquezas que temos, enquanto continuarmos só a tentar imitar os outros, não conseguiremos passar da “cepa torta” (se assim lhe posso chamar).
Resta-me esperar que os nossos futuros governantes saibam tomar consciência disso e desejar-lhes boa sorte para a missão que os aguarda.

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Amor, Riqueza e Êxito

Uma mulher regava o jardim da sua casa e viu três idosos com os seus anos de experiência em frente ao seu jardim. Ela não os conhecia e disse-lhes:
- Penso que não vos conheço, mas devem ter fome. Por favor entrem em minha casa para que comam algo.
Eles perguntaram:
- O homem da casa está?
- Não.- respondeu ela - não está.
- Então não podemos entrar - disseram eles.
Ao entardecer, quando o marido chegou, ela contou-lhe o sucedido.
- Então diz-lhes que já cheguei e convida-os a entrar.
A mulher saiu e convidou os homens a entrar em sua casa.
- Não podemos entrar numa casa os três juntos, explicaram os velhos.
- Porquê?- quis saber ela.
Um dos homens apontou para outro dos seus amigos e explicou:
- O seu nome é Riqueza.
Depois apontou para o outro.
- O seu nome é Êxito. E eu chamo-me Amor. Agora vai para dentro e decide com o teu marido qual de nós três desejam convidar para a vossa casa.
A mulher entrou em casa e contou ao seu marido o que eles lhe disseram. O homem ficou muito feliz:
- Que bom! Já que é assim então convidemos a Riqueza, que entre e encha a nossa casa. A sua esposa não estava de acordo:
- Querido, porque não convidamos o Êxito?
A filha do casal estava a escutar da outra esquina da casa e veio a correr.
- Não seria melhor convidar o Amor? O nosso lar ficaria então cheio de amor.
- Escutemos o conselho da nossa filha- disse o marido à sua mulher - Vai lá fora e convida o Amor para que seja nosso hóspede.
A esposa saiu e perguntou-lhes:
- Qual de vocês é o Amor? Por favor entre e seja nosso convidado.
O Amor levantou-se da sua cadeira e começou a avançar para a casa. Os outros 2 também se levantaram e seguiram-no. Surpreendida, a mulher perguntou à Riqueza e ao Êxito:
- Eu só convidei o Amor, porque vêm vocês também?
Os homens responderam juntos:
- Se tivesses convidado a Riqueza ou o Êxito os outros 2 permaneceriam cá fora, mas já que convidaste o Amor, aonde ele vá, nós vamos com ele.
Onde houver amor há também riqueza e êxito.
Autor desconhecido

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Quem é que vai ganhar?

Não podia deixar de passar aqui sem fazer referência às Eleições Legislativas que terão lugar, em Portugal, este Domingo (dia 20). Acho que me posso considerar “sortuda” por não me encontrar no país de momento, não tendo assim que assistir à “telenovela mexicana” que têm sido as campanhas para estas eleições. No entanto, tenho-me tentado manter minimamente informada através da net (jornais, canais televisivos, etc). Acho que nunca tinha ligado muito a eleições, porque não podia votar. Contudo, agora que posso, sinto-me no dever de prestar um pouco mais de atenção à vida política do nosso país, ainda para mais porque isso se encontra intimamente relacionado com o meu curso. É certo que se estivesse em Portugal iria votar, porém como não me recenseei aqui e como não estarei aí na altura, farei parte dos números da abstenção. Não me vou pôr aqui a apelar ao voto (embora ache que é um dever de todos os cidadãos), nem fazer campanhas partidárias (já que nem eu própria, se tivesse que ir votar, saberia em quem votar), espero apenas que a partir de Domingo o país comece a tomar um novo rumo, saindo destas “palhaçadas” políticas. Espero apenas que, quem quer que venha a governar Portugal (chame-se ele Santana, Sócrates, Portas,…), saiba levar Portugal no caminho do progresso, no caminho do desenvolvimento,…

Acho que não consigo desenvolver muito mais… uma gripezita está a tentar ver se é mais forte que eu. Vamos a ver quem ganha… eu ou a gripe. (Ou pensavam que me estava a referir às eleições?! :-) )

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

"The Rule of Four"

Há já vários dias que entrava na livraria (um daqueles sítios onde sou capaz de perder-me durante horas) e me dirigia à secção de livros estrangeiros. Uma secção que descobri aqui há pouco tempo (embora desde o início que a andasse a procurar), porque ler um livro em alemão por muito bom que seja para aprender, não dá muito gozo, já que não se percebe metade da história. E todos os dias pegava naquele livro, como que fascinada, lia a contra-capa, lia a primeira página, voltava a colocá-lo na estante juntamente com os outros e saía da loja resistindo à tentação. Mas ontem, talvez porque já só havia dois exemplares, fui incapaz de sair da livraria sem ele.
The Rule of Four” (“A Regra de Quatro”) de Ian Caldwell e Dustin Thomason, é um daqueles romances, ao estilo do “Código Da Vinci”, que nos deixam colados à narrativa. E é à volta desse mesmo assunto que a história se desenrola, o fascínio que um livro exerce sobre algumas pessoas e que as leva a desvendar os seus mistérios. Um livro que recomendo a todos. Eu, por mim, vou prosseguir a minha leitura que a história está-se a tornar cada vez mais complexa e intrigante…

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Embaixadores Culturais

140 pessoas de diferentes nacionalidades moram aqui em Osnabrück. Fiquei espantada quando ouvi os números. Todos os anos, de meados do mês de Setembro até meados de Outubro, têm lugar na cidade as “Semanas Interculturais”. Desenvolvem-se várias actividades, que vão de celebrações eucarísticas para as várias comunidades a uma festa internacional. São semanas onde se promove o encontro entre diferentes nações, culturas e religiões. Onde se tenta conhecer um pouco mais da cultura daquelas pessoas com quem todos os dias nos cruzamos, mas que se tornaram já rostos anónimos na multidão. São semanas de partilha.
Hoje, teve lugar a reunião de preparação das próximas “Jornadas” (se assim lhes posso chamar), onde participei como acompanhante. Várias ideias surgiram no sentido desta partilha cultural, de nos aproximarmos um pouco mais uns dos outros. Eu, neste meu voo por terras germânicas, todos os dias tenho conhecido um pouco mais de diferentes culturas. Não só da alemã, mas também da americana, da italiana, da espanhola,… E é ao contactarmos com diferentes culturas e tradições que tomamos consciência da nossa própria cultura. Pois somos nós os “embaixadores” da nossa própria cultura, somos nós que através dos nossos gestos e palavras damos a conhecer as nossas tradições e costumes. Assim, devemos estar sempre “abertos” ao conhecimento de novas realidades, não as rejeitando a-priori, pois elas irão enriquecer o nosso próprio “Eu”.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Leituras...

Estou a tentar aproveitar estes dias que antecedem a minha partida para pôr algumas leituras em dia: “Os Novos Senhores do Mundo e os seus Opositores” de Jean Ziegler e “A Armadilha da Globalização” de Han-Peter Martin e Harald Schumann, livros que trouxe de Portugal para ver se os conseguia acabar de ler. Também tenho aproveitado para ver alguns filmes que já há algum tempo queria ver, como os “Piratas das Caraíbas” e “A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça”.
No sábado à noite fui ver “Finding neverland” (de Marc Forster, com Johnny Depp) um filme nomeado para alguns Óscares e que nos ensina a fazer voar os nossos sonhos. Quero ainda ver se consigo ir ver “Un long dimanche de fiançailles” (de Jean-Pierre Jeunet, com Audrey Tautou), uma linda história de amor, bem apropriada para o dia de hoje…
Durante esta semana, tenho que “correr” os gabinetes dos vários professores, para receber as notas (que não estão a ser más de todo, até ao momento!).

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Fim do 1º Semestre

Último dia de aulas do semestre. Embora teoricamente seja só amanhã o último dia de aulas do semestre, para mim o 1º semestre está terminado. As notas só as recebo para a semana, com uma grande confusão burocrática, que espero vir a perceber um dia… Ficam já as saudades de alguns colegas que (provavelmente) não voltarei a ver e dos bons momentos passados juntos. Do riso de “hiena” da francesa, dos disparates do nigeriano, dos chineses que se pareciam sempre multiplicar, das snobs das inglesas,...
Deixo um poema que o meu professor de “Writing in English” nos dedicou, como forma de agradecimento pelo nosso trabalho. Um poema que descreve os alunos que frequentaram esta cadeira:


My Students, “Writing in English” WS 04/05

(A Kenning)


Early-comer, late comers
Calm sitters, finger drummers,
Big speakers, calm thinkers,
Yawn mothers, eye-winkers,
Keen readers, do-it laters,
Writing lovers, writing haters,
Structure seekers, form sneakers,
Free-form keepers, quiet sneakers,
Ear users, mouth users,
Ink lovers, word confusers,
Early leavers, say-a-lot-ers,
Chair scrapers, ink blotters,
Word jugglers, word smugglers,
Word losers, concept fighters,
Comma questers, English writers.


Robert Murphy

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Quarta-feira de Cinzas

Inicia-se hoje o tempo da Quaresma. Os 40 dias que antecedem a Páscoa são a preparação para esta Festa tão importante. É um tempo de abstinências e de renúncias. Um tempo de deserto. Talvez uma óptima altura para pensarmos um pouco mais naqueles que menos têm, naqueles que mais sofrem. Uma óptima altura para ajudarmos os que mais precisam, dando um pouco daquilo que temos.
Por cá, vêm-se já os “coelhinhos da Páscoa” à venda, carregados de ovinhos. Por todo o lado há “coelhos” e “coelhinhos”, “ovos” e “ovinhos”. O sentido comercial da Páscoa.

terça-feira, fevereiro 08, 2005

Dia de Carnaval (mas não por cá)

Por Portugal joga-se ao Carnaval, eu (por cá) voltei a vestir a máscara de estudante e regressei à última semana de aulas do semestre. Os trabalhos estão prontos e apresentados, os exames feitos, agora só falta a palavra final dos professores: as notas. Consigo, ainda, não perceber como funciona por aqui o sistema de avaliação… mas só sei que preciso de “notas” (não me refiro a dinheiro, mas dessas também dava jeito!), caso contrário não consigo equivalências.
Entretanto, alguns dos novos alunos do 2º semestre já começaram a chegar e quase nos sentimos ”experts” em alemão ao pé deles, mas há cinco meses atrás estávamos nós na mesma situação.
O fim do semestre significa o regresso a casa para alguns, como é o caso de, pelo menos, 3 amigas minhas. Pessoas que se tinham tornado amigas, companheiras de uma aventura inesquecível.

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

"Viva Colónia!"

"Ich liebe das Leben,
die Liebe und die Lust.
(...)
Viva Colónia!"
Na maioria das cidades alemãs amanhã (para nós dia de Carnaval), não é feriado. Por cá o Carnaval começa no dia 11 do 11 às 11h e 11 minutos, com a preparação dos grupos, etc. Mas a maioria dos desfiles são no sábado ou no domingo, depois volta-se ao trabalho.
Por isso foi um pouco estranho chegar agora a Osnabrueck com a cara toda pintada (ou melhor, borrada), já que toda a gente ficou a olhar para nós. Em Colónia festeja-se o maior Carnaval da Alemanha, que começou na passada sexta-feira e vai até amanhã, assim aproveitámos e hoje demos (um grupo de cerca de 30 pessoas) um "saltinho" a Colónia. Os números apontam para cerca de 2 ou 2,5 milhões de pessoas, o que é certo é que quase não tínhamos acesso às ruas principais por onde passava o desfile. Depois de muito esforço e de nos cruzarmos com "galinhas", "colchões" ou mesmo "tampões", lá conseguimos chegar à frente e encher os bolsos com chocolates (que atiravam dos carros) e flores.
Na cabeça soa ainda o "hino" de Colónia, com que inicei esta posta, que se entoava em todo o lado.
Tradução: Eu amo a vida, o amor e o prazer ( vontade). Viva Colónia!

domingo, fevereiro 06, 2005

O silêncio

Era uma vez… um homem que foi a um mosteiro. Um daqueles mosteiros perdidos no nada, onde se vive longe do rebuliço das cidades. Ou talvez, um daqueles mosteiros no meio das cidades, mas que quando se entra neles parece que se entra num outro mundo. O que é certo é que era um mosteiro onde o silêncio imperava. Ao entrar no mosteiro, o homem encontrou um monge a tirar água de um poço. Dirigiu-se ao monge e perguntou-lhe porque viviam naquele silêncio (que quase lhe parecia perturbador). Ao invés de responder, o monge disse ao homem para olhar para o fundo do poço e perguntou-lhe o que via. Depois de olhar as águas conturbadas, o homem disse que nada via, a não ser a agitação das águas de onde o monge tinha acabado de tirar o balde. Passados uns longos minutos, prolongados pelo silêncio, o homem voltou a perguntar ao monge o porquê daquele silêncio e o monge voltou a pedir ao homem para contemplar a água do poço. Desta vez, o homem viu a sua imagem reflectida nas águas calmas do poço e foi isso que disse ao monge. O monge disse então que aquele silêncio servia para se encontrarem com eles próprios, porque as águas agitadas da vida, por vezes, não nos deixam olhar para nós próprios.

… e foi isto que fiz este fim-de-semana, tentei estar um pouco mais comigo.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Internacionalização da Amazónia... e do Mundo

Sobre a questão da globalização, que tem sido tema constante nas últimas aulas que tenho tido, deixo aqui o texto (que recebi por e-mail) de uma parte do discurso que o Ministro da Educação brasileiro, Sr. Cristovam Buarque, fez (durante um debate numa Universidade nos EUA) quando foi questionado sobre a internacionalização da Amazónia. Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um Brasileiro, ao que o Ministro respondeu:
"De facto, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundointeiro...O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia.
Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa! "

Nota: este discurso não foi publicado porque foi censurado.

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

The Greatest... Lusitana!

Ontem lá fiz o primeiro exame e até poderia ter uma boa nota se o exame tivesse sido em português, porque o exame não era difícil de todo, só que na “escolha múltipla” tinha daquelas ratoeiras que por vezes nos passam despercebidas. E percebê-las em alemão?! Esse é que foi o “cabo dos trabalhos”, ainda para mais porque algumas das perguntas pareciam nem ter a resposta correcta… Por isso não tenho muita esperança na nota.
Quanto à apresentação do John Lennon, até podia ter corrido na perfeição, não tivesse o computador resolvido armar-se em impertinente e não reconhecer o tipo de letra, fazendo com que algumas frases se sobrepusessem umas às outras. Mas, mesmo com letras encavalitadas, lá tentámos argumentar que o John Lennon é o maior britânico de todos os tempos (embora nenhuma de nós tivesse essa convicção), graças ao seu importante contributo (por vezes, levado aos extremos) na luta pela paz.
Quanto a mim, vou continuar a minha luta na tentativa de perceber a gramática alemã, embora saiba que isso nunca me levará a ser considerada uma das maiores lusitanas de todos os tempos, mas poderá ser um grande passo nesse sentido! ;-)

domingo, janeiro 30, 2005

Eleições no Iraque

Não tenho sido uma "seguidora" assídua dos acontecimentos mundiais, nestes últimos tempos (eu sei que nem fica bem a uma aluna de Relações Internacionais dizer isto). Mas, não puderia passar por aqui hoje e não me referir às eleições no Iraque. Hoje, os iraquianos finalmente “puderam” fazer ouvir as suas vozes. As eleições no Iraque estavam na mira do mundo, já que o cenário que se previa era negro (o dia de ontem já tinha sido violento, com pelo menos 16 mortos). No entanto, prevê-se que pelo menos 60% da população iraquiana tenha ido às urnas.
A grande questão que se coloca agora é a do futuro deste povo, desta nação. Teme-se uma guerra civil. Quando será que este povo tem direito a viver num Estado livre e democrático, sem fundamentalismos radicais?
Enquanto isso, num outro canto do mundo (Suiça), teve lugar o Fórum Económico Mundial, onde se discutiram temas como a pobreza e o Médio Oriente. Cá fora vários manifestantes protestavam contra a globalização.
Encontrar soluções é sempre difícil, ainda para mais problemas tão profundos. No entanto, contrariando aquilo que dei em Teorias das Relações Internacionais, a guerra nunca deveria ser um meio, sejam quais forem os objectivos a alcançar. Os povos deveriam-se entender através do diálogo: cooperando e partilhando. Será assim tão utópico?

sábado, janeiro 29, 2005

Época de Exames

Isto de só ter exames duas vezes por ano tem as suas vantagens. No entanto, perde-se todo o método de estudo e custa conseguirmo-nos concentrar durante algum tempo sobre mesma matéria (falo por mim, claro!). E eu nem me posso queixar muito porque este semestre só tenho dois exames...

“Só sei que nada sei”
Admitir a ignorância é já um grande acto de sabedoria. Mas, na verdade esta simples frase resume o meu estado de completa ignorância.
O fim-de-semana vai ser passado dentro das quatro paredes do meu quarto, a ver se consigo ultrapassar esta fase, porque o exame é já na terça-feira.
Enquanto isso, lá fora a neve continua a cair, a medo.

quinta-feira, janeiro 27, 2005


Espero finalmente ter conseguido! Esta é uma foto do exterior da minha residência. Por aqui tem nevado, embora timidamente, o que tem ajudado na concentração para estudar. Posted by Hello
Estes últimos dias têm sido super stressantes. Ainda para mais agora que resolveram marcar o exame de alemão para a semana que vem… ou seja, para a semana tenho dois exames, a apresentação do última trabalho e tenho que entregar duas composições (1500 palavras)… Não sei onde ir arranjar tempo para tudo.
É nestas alturas que apetece que os dias tenham 48 horas.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Aproveitei a manhã livre para escrever algumas das composições que tenho que entregar até ao fim do semestre. Uma delas foi sobre o lugar da mulher na sociedade actual (“Women in a Male World”). Se dermos uma espreitadela na História, as mulheres como que foram apagadas dela, já que a mulher era símbolo do pecado e da tentação. Actualmente, nas sociedades ocidentais, as mulheres podem participar em todos os campos da vida social. No entanto, as mulheres estão sub-representadas em todos os órgão legislativos do mundo e recebem menos cerca de 30% que os homens, mesmo quando têm os mesmos cargos.
Então, como é que podemos dizer que vivemos numa sociedade igualitária? Não que eu seja uma defensora do movimento feminista radical, apenas quero ter as mesmas oportunidades! Nas sociedades democráticas modernas tais diferenças não deveriam existir.
Aqui na Alemanha é normal cruzarmo-nos com raparigas e senhoras com véu na cabeça e hoje, por coincidência ou não, encontrei um casal muçulmano a passear na cidade: ele à frente com um andar despreocupado e ela atrás tentando acompanhar-lhe o passo, mas sempre atrás… Como é estranha esta mistura de culturas. Nós, mulheres ocidentais, vivemos num mundo aberto (por vezes aberto de mais!) e livre, sem tabus e aqui ao nosso lado as mulheres têm que se esconder dentro dos seus véus…

Vou deixar-me de divagações e tentar escrever mais um pouco.

sábado, janeiro 22, 2005

Sinto-me minúscula perante a efemeridade da vida… como de um momento para o outro nos tira “aqueles” que amamos, sem nos avisar. Sim, sei e acredito que estarão num lugar muito melhor do que esta “nossa Terra”. No entanto, custa muito ver partir aqueles que amamos!
É nestes momentos que as distâncias se tornam numa verdadeira barreira… Gostaria de estar junto da minha família partilhando a dor da perda, poder dar um abraço físico, poder estar fisicamente presente…
Fica a última imagem do meu tio, sentado à lareira (com a cadela ao colo) e a falar comigo sobre o trabalho dele… Um rosto sempre sorridente.

Que a tua alma descanse em paz!

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Aqui em Osnabrück, há uma base militar do Exército britânico. A zona onde moro é uma zona onde mora a maioria da comunidade britânica, daí que nas ruas, todos os dias, se oiça aquele sotaque britânico tão característico (que eu adoro!).

Soube hoje que alguns dos julgamentos de soldados britânicos que abusaram de prisioneiros no Iraque, irão decorrer nesta base. Estes tribunais marciais serão à porta aberta, sendo que qualquer um de nós, comum cidadão, pode assistir. É talvez um daqueles momentos que fica para a história e mesmo que não seja é sempre um “privilégio” poder assistir a um momento tão interessante, ser testemunha de tal acontecimento. A ver se consigo lá ir.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Hoje, finalmente, apresentei o meu trabalho sobre a “Televisão em Portugal”. A apresentação até correu benzinho (graças à ajuda preciosa da Nadine, que me corrigiu o alemão) e não fosse o facto de eu não ter percebido um ou outro comentário que o Professor fez sobre o que estava a falar e teria sido “perfeito”.
Para a semana espera-me outra apresentação, desta vez de apenas 10 minutos e com uma alemã. O tema é super interessante – Existe um défice de implementação na UE? – mas é um pouco complicado para desenvolver em alemão… Vamos a ver como corre.

sábado, janeiro 15, 2005

Não me apetece pensar. Não me apetece escrever. Não me apetece fazer nada! Mas deixo-vos as palavras sábias de alguém que nunca se cansava de lutar (Madre Teresa de Calcutá):

“O dia mais belo? Hoje.
O maior obstáculo? O medo.
A coisa mais fácil? Enganar-se.
O maior erro? Abandonar-se.
A raiz de todos os males? O egoísmo.
A distracção mais bela? O trabalho.
A pior derrota? O desalento.
Os melhores professores? As crianças.
A primeira necessidade? Comunicar-se.
O que dá mais felicidade? Ser útil aos outros.
O maior mistério? A morte.
Há outro maior? Sim, a vida.
O pior defeito? O mau humor.
A pessoa mais perigosa? A mentirosa.
O sentimento mais ruim? O rancor.
O presente mais belo? O perdão.
O mais imprescindível? O lar.
A rota mais rápida? O caminho recto.
A sensação mais grata? A paz interior.
O gesto mais eficaz? O sorriso.
O melhor remédio? O optimismo.
A maior satisfação? O dever cumprido.
A força mais potente do mundo? A fé.
As pessoas mais necessárias? Os pais.
A coisa mais bela do mundo? O Amor.”

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Ainda a propósito das "Férias de Natal", na aula de alemão tivemos que contar como foram as nossas férias e aqui ficam algumas curiosidades sobre o Natal noutros países. Na Polónia, a mesa da Consoada tem (pelo menos) 12 pratos, simbolizando os 12 apóstolos presentes na Última Ceia de Cristo. Os alemães, imaginativos como sempre, comem na Noite de Natal, nada-mais-nada-menos que, salsichas (!!!) e salada de batata (!!!).
E sabem de onde vem o nosso Bolo Rei?
"É à mais centenária Confeitaria Nacional, na Praça da Figueira, em Lisboa, que se deve a introdução do bolo-rei em Portugal. A família Castanheiro, fundadora e ainda proprietária da casa, pode orgulhar-se de tê-lo transformado numa instituição sem rival no mercado confeiteiro. A casa mantém até hoje o mesmo critério na selecção dos ingredientes utilizados e o cumprimento rigoroso da receita secreta seguida há mais de cem anos, o que torna este bolo-rei único na capital portuguesa.
Na segunda metade do século XIX, o bolo-rei era exclusivo nesta confeitaria por iniciativa de Baltazar Castanheira Filho que, juntamente com a receita, trouxe de França uma cópia de um quadro de Jean-Baptiste Greuze (intitulado Gatêu des Rois) e vários mestres confeiteiros que inovaram o fabrico da casa lisboeta.
Mas a existência de um bolo semelhante ao bolo-rei remonta ao tempo dos romanos, referente à escolha do rei durante as festas em honra do deus Saturno. A prática transitou para a festa cristã da Epifania, em homenagem aos três Reis Magos.
Nesta celebração coziam-se os bolos com uma fava no interior, sendo aquele a quem calhava a fava proclamado o rei da festa. A tradição consolidou-se em França e o bolo-rei passou a ser obrigatório no Ano Novo e nos Reis, mas sofreu uma curiosa alteração após a Revolução Francesa: o nome bolo-rei foi proibido e passou a chamar-se bolo dos “sana culottes”. O mesmo aconteceu em Portugal quando, no início de 1911, chegou a ser proposta em sessão parlamentar a alteração do seu nome para Bolo República.
Entre os portugueses, o bolo-rei tem uma extraordinária procura. Desde o início do Outono e até à semana da Páscoa, é rara a mesa de família onde ele não se encontre. Não foram apenas o Direito e o alfabeto romano que ficaram entre nós para sempre…" In Check-In, nº 4 Dezembro/Janeiro 2005

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Isto de "regresso às aulas" tem muito que se lhe diga... Principalmente quando chega o mês de Janeiro, em que o semestre teima em chegar ao fim, mas em que o tempo teima em correr veloz. Esta semana tem sido uma "correria" constante entre as salas de aulas, a biblioteca e o quarto. Pesquisas, "traduções" e composições. Hoje, fui, pela segunda vez na minha vida, ao gabinete de um professor (a primeira e única tinha sido no 1º ano quando fui ver o meu exame de CP) para tirar algumas dúvidas sobre a apresentação de um trabalho. Agora para o serão tinhas mais umas quantas fotocópias reservadas, mas como amanhã só tenho uma aula, vou descansar um pouquinho!

terça-feira, janeiro 11, 2005

Eu que pensava que a esta hora estaria com "menos um peso nos ombros", afinal, enganei-me! O trabalho foi (novamente!) adiado para a semana que vem. Mas, enfim, pelo menos já não tenho muito com que me preocupar já que já está pronto, agora posso-me dedicar a outros trabalhos que também terei que apresentar brevemente.
Hoje foi dia de regresso às aulas, rever os amigos (embora alguns ainda estejam de férias nos seus países - sortudos!) e os professores e preparar para a etapa final deste semestre.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

O trabalho está pronto, ou melhor, a parte que é para apresentar amanhã. Depois deste já só ficarão a faltar apresentar mais dois trabalhos (mais um em alemão e o outro em inglês), fazer um mini-teste e um exame. Por um lado acho este sistema de apresentações de trabalhos óptimo, já que podemos escolher um tema com o qual estejamos mais à vontade e só temos que trabalhar sobre esse assunto. No entanto, tem as suas desvantagens, uma vez que não prestamos (qualquer) atenção aos outros temas...
Desejem-me “boa sorte”, porque falar durante 30 a 45 minutos em alemão não é “pêra-doce”.

sábado, janeiro 08, 2005

Passei o dia dentro das quatro paredes do meu quarto, só saí para ir almoçar à cantina. Com a ajuda do meu precioso dicionário, lá consegui acabar a "tradução" do meu trabalho, que agora vai passar à fase da correcção. Ainda assim, acho que não está mau de todo...
Aproveitei o fim da tarde para ver um filmezito que tinha comprado: "Sometimes good, sometimes sad" é um músical indiano que fala sobre o sobre o amor entre filhos e pais. Lindo! Mesmo sem se perceber alemão ou indiano (já que inglês deles é péssimo!), vale a pena pelas músicas e coregografias.
E o fim-de-semana já está à porta, o que significa que as aulas já estão a começar...

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Eu sei que me portei mal durante estas férias (mesmo assim o Menino Jesus, ou o Pai Natal quem preferir, nao se esqueceu de mim!) e por isso peco mil desculpas!!! Mas as férias, por muito grandes que parecam, sao sempre curtas e o tempo faltava para estar com toda a gente, quanto mais para vir aqui deixar algumas palavras...
Espero que tenham tido um bom início de ano (o meu foi, ainda para mais foi à beira-mar, na Nazaré!) e que o 2005 seja um ano cheio de alegria, paz, saúde e amor!
E cá estou eu de volta a Osnabrück, pronta (?) para o final do semestre em que vou ter que apresentar uns quantos trabalhos. Por isso, estas próximas semanas vao ser passadas no quarto, de volta do computador e rodeada de livros (e dicionários)... Mas, prometo ir dando notícias com mais frequencia!