domingo, janeiro 30, 2005

Eleições no Iraque

Não tenho sido uma "seguidora" assídua dos acontecimentos mundiais, nestes últimos tempos (eu sei que nem fica bem a uma aluna de Relações Internacionais dizer isto). Mas, não puderia passar por aqui hoje e não me referir às eleições no Iraque. Hoje, os iraquianos finalmente “puderam” fazer ouvir as suas vozes. As eleições no Iraque estavam na mira do mundo, já que o cenário que se previa era negro (o dia de ontem já tinha sido violento, com pelo menos 16 mortos). No entanto, prevê-se que pelo menos 60% da população iraquiana tenha ido às urnas.
A grande questão que se coloca agora é a do futuro deste povo, desta nação. Teme-se uma guerra civil. Quando será que este povo tem direito a viver num Estado livre e democrático, sem fundamentalismos radicais?
Enquanto isso, num outro canto do mundo (Suiça), teve lugar o Fórum Económico Mundial, onde se discutiram temas como a pobreza e o Médio Oriente. Cá fora vários manifestantes protestavam contra a globalização.
Encontrar soluções é sempre difícil, ainda para mais problemas tão profundos. No entanto, contrariando aquilo que dei em Teorias das Relações Internacionais, a guerra nunca deveria ser um meio, sejam quais forem os objectivos a alcançar. Os povos deveriam-se entender através do diálogo: cooperando e partilhando. Será assim tão utópico?

sábado, janeiro 29, 2005

Época de Exames

Isto de só ter exames duas vezes por ano tem as suas vantagens. No entanto, perde-se todo o método de estudo e custa conseguirmo-nos concentrar durante algum tempo sobre mesma matéria (falo por mim, claro!). E eu nem me posso queixar muito porque este semestre só tenho dois exames...

“Só sei que nada sei”
Admitir a ignorância é já um grande acto de sabedoria. Mas, na verdade esta simples frase resume o meu estado de completa ignorância.
O fim-de-semana vai ser passado dentro das quatro paredes do meu quarto, a ver se consigo ultrapassar esta fase, porque o exame é já na terça-feira.
Enquanto isso, lá fora a neve continua a cair, a medo.

quinta-feira, janeiro 27, 2005


Espero finalmente ter conseguido! Esta é uma foto do exterior da minha residência. Por aqui tem nevado, embora timidamente, o que tem ajudado na concentração para estudar. Posted by Hello
Estes últimos dias têm sido super stressantes. Ainda para mais agora que resolveram marcar o exame de alemão para a semana que vem… ou seja, para a semana tenho dois exames, a apresentação do última trabalho e tenho que entregar duas composições (1500 palavras)… Não sei onde ir arranjar tempo para tudo.
É nestas alturas que apetece que os dias tenham 48 horas.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Aproveitei a manhã livre para escrever algumas das composições que tenho que entregar até ao fim do semestre. Uma delas foi sobre o lugar da mulher na sociedade actual (“Women in a Male World”). Se dermos uma espreitadela na História, as mulheres como que foram apagadas dela, já que a mulher era símbolo do pecado e da tentação. Actualmente, nas sociedades ocidentais, as mulheres podem participar em todos os campos da vida social. No entanto, as mulheres estão sub-representadas em todos os órgão legislativos do mundo e recebem menos cerca de 30% que os homens, mesmo quando têm os mesmos cargos.
Então, como é que podemos dizer que vivemos numa sociedade igualitária? Não que eu seja uma defensora do movimento feminista radical, apenas quero ter as mesmas oportunidades! Nas sociedades democráticas modernas tais diferenças não deveriam existir.
Aqui na Alemanha é normal cruzarmo-nos com raparigas e senhoras com véu na cabeça e hoje, por coincidência ou não, encontrei um casal muçulmano a passear na cidade: ele à frente com um andar despreocupado e ela atrás tentando acompanhar-lhe o passo, mas sempre atrás… Como é estranha esta mistura de culturas. Nós, mulheres ocidentais, vivemos num mundo aberto (por vezes aberto de mais!) e livre, sem tabus e aqui ao nosso lado as mulheres têm que se esconder dentro dos seus véus…

Vou deixar-me de divagações e tentar escrever mais um pouco.

sábado, janeiro 22, 2005

Sinto-me minúscula perante a efemeridade da vida… como de um momento para o outro nos tira “aqueles” que amamos, sem nos avisar. Sim, sei e acredito que estarão num lugar muito melhor do que esta “nossa Terra”. No entanto, custa muito ver partir aqueles que amamos!
É nestes momentos que as distâncias se tornam numa verdadeira barreira… Gostaria de estar junto da minha família partilhando a dor da perda, poder dar um abraço físico, poder estar fisicamente presente…
Fica a última imagem do meu tio, sentado à lareira (com a cadela ao colo) e a falar comigo sobre o trabalho dele… Um rosto sempre sorridente.

Que a tua alma descanse em paz!

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Aqui em Osnabrück, há uma base militar do Exército britânico. A zona onde moro é uma zona onde mora a maioria da comunidade britânica, daí que nas ruas, todos os dias, se oiça aquele sotaque britânico tão característico (que eu adoro!).

Soube hoje que alguns dos julgamentos de soldados britânicos que abusaram de prisioneiros no Iraque, irão decorrer nesta base. Estes tribunais marciais serão à porta aberta, sendo que qualquer um de nós, comum cidadão, pode assistir. É talvez um daqueles momentos que fica para a história e mesmo que não seja é sempre um “privilégio” poder assistir a um momento tão interessante, ser testemunha de tal acontecimento. A ver se consigo lá ir.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Hoje, finalmente, apresentei o meu trabalho sobre a “Televisão em Portugal”. A apresentação até correu benzinho (graças à ajuda preciosa da Nadine, que me corrigiu o alemão) e não fosse o facto de eu não ter percebido um ou outro comentário que o Professor fez sobre o que estava a falar e teria sido “perfeito”.
Para a semana espera-me outra apresentação, desta vez de apenas 10 minutos e com uma alemã. O tema é super interessante – Existe um défice de implementação na UE? – mas é um pouco complicado para desenvolver em alemão… Vamos a ver como corre.

sábado, janeiro 15, 2005

Não me apetece pensar. Não me apetece escrever. Não me apetece fazer nada! Mas deixo-vos as palavras sábias de alguém que nunca se cansava de lutar (Madre Teresa de Calcutá):

“O dia mais belo? Hoje.
O maior obstáculo? O medo.
A coisa mais fácil? Enganar-se.
O maior erro? Abandonar-se.
A raiz de todos os males? O egoísmo.
A distracção mais bela? O trabalho.
A pior derrota? O desalento.
Os melhores professores? As crianças.
A primeira necessidade? Comunicar-se.
O que dá mais felicidade? Ser útil aos outros.
O maior mistério? A morte.
Há outro maior? Sim, a vida.
O pior defeito? O mau humor.
A pessoa mais perigosa? A mentirosa.
O sentimento mais ruim? O rancor.
O presente mais belo? O perdão.
O mais imprescindível? O lar.
A rota mais rápida? O caminho recto.
A sensação mais grata? A paz interior.
O gesto mais eficaz? O sorriso.
O melhor remédio? O optimismo.
A maior satisfação? O dever cumprido.
A força mais potente do mundo? A fé.
As pessoas mais necessárias? Os pais.
A coisa mais bela do mundo? O Amor.”

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Ainda a propósito das "Férias de Natal", na aula de alemão tivemos que contar como foram as nossas férias e aqui ficam algumas curiosidades sobre o Natal noutros países. Na Polónia, a mesa da Consoada tem (pelo menos) 12 pratos, simbolizando os 12 apóstolos presentes na Última Ceia de Cristo. Os alemães, imaginativos como sempre, comem na Noite de Natal, nada-mais-nada-menos que, salsichas (!!!) e salada de batata (!!!).
E sabem de onde vem o nosso Bolo Rei?
"É à mais centenária Confeitaria Nacional, na Praça da Figueira, em Lisboa, que se deve a introdução do bolo-rei em Portugal. A família Castanheiro, fundadora e ainda proprietária da casa, pode orgulhar-se de tê-lo transformado numa instituição sem rival no mercado confeiteiro. A casa mantém até hoje o mesmo critério na selecção dos ingredientes utilizados e o cumprimento rigoroso da receita secreta seguida há mais de cem anos, o que torna este bolo-rei único na capital portuguesa.
Na segunda metade do século XIX, o bolo-rei era exclusivo nesta confeitaria por iniciativa de Baltazar Castanheira Filho que, juntamente com a receita, trouxe de França uma cópia de um quadro de Jean-Baptiste Greuze (intitulado Gatêu des Rois) e vários mestres confeiteiros que inovaram o fabrico da casa lisboeta.
Mas a existência de um bolo semelhante ao bolo-rei remonta ao tempo dos romanos, referente à escolha do rei durante as festas em honra do deus Saturno. A prática transitou para a festa cristã da Epifania, em homenagem aos três Reis Magos.
Nesta celebração coziam-se os bolos com uma fava no interior, sendo aquele a quem calhava a fava proclamado o rei da festa. A tradição consolidou-se em França e o bolo-rei passou a ser obrigatório no Ano Novo e nos Reis, mas sofreu uma curiosa alteração após a Revolução Francesa: o nome bolo-rei foi proibido e passou a chamar-se bolo dos “sana culottes”. O mesmo aconteceu em Portugal quando, no início de 1911, chegou a ser proposta em sessão parlamentar a alteração do seu nome para Bolo República.
Entre os portugueses, o bolo-rei tem uma extraordinária procura. Desde o início do Outono e até à semana da Páscoa, é rara a mesa de família onde ele não se encontre. Não foram apenas o Direito e o alfabeto romano que ficaram entre nós para sempre…" In Check-In, nº 4 Dezembro/Janeiro 2005

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Isto de "regresso às aulas" tem muito que se lhe diga... Principalmente quando chega o mês de Janeiro, em que o semestre teima em chegar ao fim, mas em que o tempo teima em correr veloz. Esta semana tem sido uma "correria" constante entre as salas de aulas, a biblioteca e o quarto. Pesquisas, "traduções" e composições. Hoje, fui, pela segunda vez na minha vida, ao gabinete de um professor (a primeira e única tinha sido no 1º ano quando fui ver o meu exame de CP) para tirar algumas dúvidas sobre a apresentação de um trabalho. Agora para o serão tinhas mais umas quantas fotocópias reservadas, mas como amanhã só tenho uma aula, vou descansar um pouquinho!

terça-feira, janeiro 11, 2005

Eu que pensava que a esta hora estaria com "menos um peso nos ombros", afinal, enganei-me! O trabalho foi (novamente!) adiado para a semana que vem. Mas, enfim, pelo menos já não tenho muito com que me preocupar já que já está pronto, agora posso-me dedicar a outros trabalhos que também terei que apresentar brevemente.
Hoje foi dia de regresso às aulas, rever os amigos (embora alguns ainda estejam de férias nos seus países - sortudos!) e os professores e preparar para a etapa final deste semestre.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

O trabalho está pronto, ou melhor, a parte que é para apresentar amanhã. Depois deste já só ficarão a faltar apresentar mais dois trabalhos (mais um em alemão e o outro em inglês), fazer um mini-teste e um exame. Por um lado acho este sistema de apresentações de trabalhos óptimo, já que podemos escolher um tema com o qual estejamos mais à vontade e só temos que trabalhar sobre esse assunto. No entanto, tem as suas desvantagens, uma vez que não prestamos (qualquer) atenção aos outros temas...
Desejem-me “boa sorte”, porque falar durante 30 a 45 minutos em alemão não é “pêra-doce”.

sábado, janeiro 08, 2005

Passei o dia dentro das quatro paredes do meu quarto, só saí para ir almoçar à cantina. Com a ajuda do meu precioso dicionário, lá consegui acabar a "tradução" do meu trabalho, que agora vai passar à fase da correcção. Ainda assim, acho que não está mau de todo...
Aproveitei o fim da tarde para ver um filmezito que tinha comprado: "Sometimes good, sometimes sad" é um músical indiano que fala sobre o sobre o amor entre filhos e pais. Lindo! Mesmo sem se perceber alemão ou indiano (já que inglês deles é péssimo!), vale a pena pelas músicas e coregografias.
E o fim-de-semana já está à porta, o que significa que as aulas já estão a começar...

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Eu sei que me portei mal durante estas férias (mesmo assim o Menino Jesus, ou o Pai Natal quem preferir, nao se esqueceu de mim!) e por isso peco mil desculpas!!! Mas as férias, por muito grandes que parecam, sao sempre curtas e o tempo faltava para estar com toda a gente, quanto mais para vir aqui deixar algumas palavras...
Espero que tenham tido um bom início de ano (o meu foi, ainda para mais foi à beira-mar, na Nazaré!) e que o 2005 seja um ano cheio de alegria, paz, saúde e amor!
E cá estou eu de volta a Osnabrück, pronta (?) para o final do semestre em que vou ter que apresentar uns quantos trabalhos. Por isso, estas próximas semanas vao ser passadas no quarto, de volta do computador e rodeada de livros (e dicionários)... Mas, prometo ir dando notícias com mais frequencia!