domingo, fevereiro 27, 2005

Fim de Semana

Fim de Semana…

Tempo de partilha familiar.
Tempo para fugir à rotina da semana.
Tempo para rever aqueles que há já tanto tempo que não vemos.
Tempo para descansar.

Estar enrolada numa manta no sofá a ver um daqueles filmes de sábado à tarde.
Visitar as avós e encontrar primos e tios, afilhados e amigos.

Momentos.
(Re-)Encontros.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Lar, doce Lar

Quando o avião aterrou, apoderou-se de mim uma sensação estranha... boa, de felicidade. Que bom que é voltar a casa. Que bom que é voltar a ver aqueles que cá ficaram. Que bom que é andar na rua e perceber as conversas (na íntegra).
Lá fora não nevava, nem chovia. O sol brilhava, como que dando as boas-vindas aos passageiros que acabavam de aterrar.
Beijinhos e abraços. Contar como correu a viagem. Contar os momentos mais marcantes, partilhando com os outros as nossas experiências.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Caminhos cruzados, caminhos desencontrados

Fazer as malas é uma daquelas tarefas que sempre me deu um gozo enorme. O antever de uma viagem. A ânsia da partida. O encontro e o reencontro. O Adeus.
Na mala tento levar o máximo que posso, ou melhor o mínimo do que já não posso. Mas levo também rostos, palavras e gestos, amizades e saudades. Momentos inesquecíveis que não se tornarão a repetir. Rostos que permanecerão para sempre como recordação de um certo lugar. Rostos que talvez não mais volte a encontrar, mas que farão sempre parte daquele momento.
Sei que quando voltar, já não encontrarei alguns dos amigos que partilharam comigo e com quem partilhei alegrias e desilusões, conquistas e frustrações. Mas a vida é mesmo assim, por vezes certas pessoas cruzam-se connosco no nosso caminho, mas ao fim de algum tempo o seu caminho diverge do nosso… temos que nos separar. Sempre com a esperança de que, talvez um dia, os nosso caminhos se voltem a encontrar. Até lá…

domingo, fevereiro 20, 2005

Não me vou pôr para aqui com manifestações sobre as eleições até porque, como disse anteriormente, se tivesse que ir votar não saberia em quem. Espero apenas que o voto dos portugueses tenha sido um voto consciente. Ao votarmos não devemos ter apenas em linha de conta o partido da nossa preferência (sejam eles os “laranjinhas”, os “rosinhas”, os “vermelhinhos”, e todos os outros “inhos”), mas também a pessoa em quem estamos a votar (o seu carácter, a sua ambição, a sua força de vontade,…), pois será ela quem guiará o nosso país ao longo dos próximos 4 anos.
Portugal precisa de encontrar a força necessária para sair da crise (económica, social, política,…) em que se encontra e o caminho a percorrer ainda é longo. Temos que saber aproveitar a nossa posição geográfica, as nossas riquezas, a nossa cultura. Portugal não é só futebol e Algarve. Portugal é muito mais do que isso. Mas, enquanto nós não olharmos para nós próprios, enquanto não descobrirmos as riquezas que temos, enquanto continuarmos só a tentar imitar os outros, não conseguiremos passar da “cepa torta” (se assim lhe posso chamar).
Resta-me esperar que os nossos futuros governantes saibam tomar consciência disso e desejar-lhes boa sorte para a missão que os aguarda.

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Amor, Riqueza e Êxito

Uma mulher regava o jardim da sua casa e viu três idosos com os seus anos de experiência em frente ao seu jardim. Ela não os conhecia e disse-lhes:
- Penso que não vos conheço, mas devem ter fome. Por favor entrem em minha casa para que comam algo.
Eles perguntaram:
- O homem da casa está?
- Não.- respondeu ela - não está.
- Então não podemos entrar - disseram eles.
Ao entardecer, quando o marido chegou, ela contou-lhe o sucedido.
- Então diz-lhes que já cheguei e convida-os a entrar.
A mulher saiu e convidou os homens a entrar em sua casa.
- Não podemos entrar numa casa os três juntos, explicaram os velhos.
- Porquê?- quis saber ela.
Um dos homens apontou para outro dos seus amigos e explicou:
- O seu nome é Riqueza.
Depois apontou para o outro.
- O seu nome é Êxito. E eu chamo-me Amor. Agora vai para dentro e decide com o teu marido qual de nós três desejam convidar para a vossa casa.
A mulher entrou em casa e contou ao seu marido o que eles lhe disseram. O homem ficou muito feliz:
- Que bom! Já que é assim então convidemos a Riqueza, que entre e encha a nossa casa. A sua esposa não estava de acordo:
- Querido, porque não convidamos o Êxito?
A filha do casal estava a escutar da outra esquina da casa e veio a correr.
- Não seria melhor convidar o Amor? O nosso lar ficaria então cheio de amor.
- Escutemos o conselho da nossa filha- disse o marido à sua mulher - Vai lá fora e convida o Amor para que seja nosso hóspede.
A esposa saiu e perguntou-lhes:
- Qual de vocês é o Amor? Por favor entre e seja nosso convidado.
O Amor levantou-se da sua cadeira e começou a avançar para a casa. Os outros 2 também se levantaram e seguiram-no. Surpreendida, a mulher perguntou à Riqueza e ao Êxito:
- Eu só convidei o Amor, porque vêm vocês também?
Os homens responderam juntos:
- Se tivesses convidado a Riqueza ou o Êxito os outros 2 permaneceriam cá fora, mas já que convidaste o Amor, aonde ele vá, nós vamos com ele.
Onde houver amor há também riqueza e êxito.
Autor desconhecido

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Quem é que vai ganhar?

Não podia deixar de passar aqui sem fazer referência às Eleições Legislativas que terão lugar, em Portugal, este Domingo (dia 20). Acho que me posso considerar “sortuda” por não me encontrar no país de momento, não tendo assim que assistir à “telenovela mexicana” que têm sido as campanhas para estas eleições. No entanto, tenho-me tentado manter minimamente informada através da net (jornais, canais televisivos, etc). Acho que nunca tinha ligado muito a eleições, porque não podia votar. Contudo, agora que posso, sinto-me no dever de prestar um pouco mais de atenção à vida política do nosso país, ainda para mais porque isso se encontra intimamente relacionado com o meu curso. É certo que se estivesse em Portugal iria votar, porém como não me recenseei aqui e como não estarei aí na altura, farei parte dos números da abstenção. Não me vou pôr aqui a apelar ao voto (embora ache que é um dever de todos os cidadãos), nem fazer campanhas partidárias (já que nem eu própria, se tivesse que ir votar, saberia em quem votar), espero apenas que a partir de Domingo o país comece a tomar um novo rumo, saindo destas “palhaçadas” políticas. Espero apenas que, quem quer que venha a governar Portugal (chame-se ele Santana, Sócrates, Portas,…), saiba levar Portugal no caminho do progresso, no caminho do desenvolvimento,…

Acho que não consigo desenvolver muito mais… uma gripezita está a tentar ver se é mais forte que eu. Vamos a ver quem ganha… eu ou a gripe. (Ou pensavam que me estava a referir às eleições?! :-) )

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

"The Rule of Four"

Há já vários dias que entrava na livraria (um daqueles sítios onde sou capaz de perder-me durante horas) e me dirigia à secção de livros estrangeiros. Uma secção que descobri aqui há pouco tempo (embora desde o início que a andasse a procurar), porque ler um livro em alemão por muito bom que seja para aprender, não dá muito gozo, já que não se percebe metade da história. E todos os dias pegava naquele livro, como que fascinada, lia a contra-capa, lia a primeira página, voltava a colocá-lo na estante juntamente com os outros e saía da loja resistindo à tentação. Mas ontem, talvez porque já só havia dois exemplares, fui incapaz de sair da livraria sem ele.
The Rule of Four” (“A Regra de Quatro”) de Ian Caldwell e Dustin Thomason, é um daqueles romances, ao estilo do “Código Da Vinci”, que nos deixam colados à narrativa. E é à volta desse mesmo assunto que a história se desenrola, o fascínio que um livro exerce sobre algumas pessoas e que as leva a desvendar os seus mistérios. Um livro que recomendo a todos. Eu, por mim, vou prosseguir a minha leitura que a história está-se a tornar cada vez mais complexa e intrigante…

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Embaixadores Culturais

140 pessoas de diferentes nacionalidades moram aqui em Osnabrück. Fiquei espantada quando ouvi os números. Todos os anos, de meados do mês de Setembro até meados de Outubro, têm lugar na cidade as “Semanas Interculturais”. Desenvolvem-se várias actividades, que vão de celebrações eucarísticas para as várias comunidades a uma festa internacional. São semanas onde se promove o encontro entre diferentes nações, culturas e religiões. Onde se tenta conhecer um pouco mais da cultura daquelas pessoas com quem todos os dias nos cruzamos, mas que se tornaram já rostos anónimos na multidão. São semanas de partilha.
Hoje, teve lugar a reunião de preparação das próximas “Jornadas” (se assim lhes posso chamar), onde participei como acompanhante. Várias ideias surgiram no sentido desta partilha cultural, de nos aproximarmos um pouco mais uns dos outros. Eu, neste meu voo por terras germânicas, todos os dias tenho conhecido um pouco mais de diferentes culturas. Não só da alemã, mas também da americana, da italiana, da espanhola,… E é ao contactarmos com diferentes culturas e tradições que tomamos consciência da nossa própria cultura. Pois somos nós os “embaixadores” da nossa própria cultura, somos nós que através dos nossos gestos e palavras damos a conhecer as nossas tradições e costumes. Assim, devemos estar sempre “abertos” ao conhecimento de novas realidades, não as rejeitando a-priori, pois elas irão enriquecer o nosso próprio “Eu”.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Leituras...

Estou a tentar aproveitar estes dias que antecedem a minha partida para pôr algumas leituras em dia: “Os Novos Senhores do Mundo e os seus Opositores” de Jean Ziegler e “A Armadilha da Globalização” de Han-Peter Martin e Harald Schumann, livros que trouxe de Portugal para ver se os conseguia acabar de ler. Também tenho aproveitado para ver alguns filmes que já há algum tempo queria ver, como os “Piratas das Caraíbas” e “A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça”.
No sábado à noite fui ver “Finding neverland” (de Marc Forster, com Johnny Depp) um filme nomeado para alguns Óscares e que nos ensina a fazer voar os nossos sonhos. Quero ainda ver se consigo ir ver “Un long dimanche de fiançailles” (de Jean-Pierre Jeunet, com Audrey Tautou), uma linda história de amor, bem apropriada para o dia de hoje…
Durante esta semana, tenho que “correr” os gabinetes dos vários professores, para receber as notas (que não estão a ser más de todo, até ao momento!).

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Fim do 1º Semestre

Último dia de aulas do semestre. Embora teoricamente seja só amanhã o último dia de aulas do semestre, para mim o 1º semestre está terminado. As notas só as recebo para a semana, com uma grande confusão burocrática, que espero vir a perceber um dia… Ficam já as saudades de alguns colegas que (provavelmente) não voltarei a ver e dos bons momentos passados juntos. Do riso de “hiena” da francesa, dos disparates do nigeriano, dos chineses que se pareciam sempre multiplicar, das snobs das inglesas,...
Deixo um poema que o meu professor de “Writing in English” nos dedicou, como forma de agradecimento pelo nosso trabalho. Um poema que descreve os alunos que frequentaram esta cadeira:


My Students, “Writing in English” WS 04/05

(A Kenning)


Early-comer, late comers
Calm sitters, finger drummers,
Big speakers, calm thinkers,
Yawn mothers, eye-winkers,
Keen readers, do-it laters,
Writing lovers, writing haters,
Structure seekers, form sneakers,
Free-form keepers, quiet sneakers,
Ear users, mouth users,
Ink lovers, word confusers,
Early leavers, say-a-lot-ers,
Chair scrapers, ink blotters,
Word jugglers, word smugglers,
Word losers, concept fighters,
Comma questers, English writers.


Robert Murphy

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Quarta-feira de Cinzas

Inicia-se hoje o tempo da Quaresma. Os 40 dias que antecedem a Páscoa são a preparação para esta Festa tão importante. É um tempo de abstinências e de renúncias. Um tempo de deserto. Talvez uma óptima altura para pensarmos um pouco mais naqueles que menos têm, naqueles que mais sofrem. Uma óptima altura para ajudarmos os que mais precisam, dando um pouco daquilo que temos.
Por cá, vêm-se já os “coelhinhos da Páscoa” à venda, carregados de ovinhos. Por todo o lado há “coelhos” e “coelhinhos”, “ovos” e “ovinhos”. O sentido comercial da Páscoa.

terça-feira, fevereiro 08, 2005

Dia de Carnaval (mas não por cá)

Por Portugal joga-se ao Carnaval, eu (por cá) voltei a vestir a máscara de estudante e regressei à última semana de aulas do semestre. Os trabalhos estão prontos e apresentados, os exames feitos, agora só falta a palavra final dos professores: as notas. Consigo, ainda, não perceber como funciona por aqui o sistema de avaliação… mas só sei que preciso de “notas” (não me refiro a dinheiro, mas dessas também dava jeito!), caso contrário não consigo equivalências.
Entretanto, alguns dos novos alunos do 2º semestre já começaram a chegar e quase nos sentimos ”experts” em alemão ao pé deles, mas há cinco meses atrás estávamos nós na mesma situação.
O fim do semestre significa o regresso a casa para alguns, como é o caso de, pelo menos, 3 amigas minhas. Pessoas que se tinham tornado amigas, companheiras de uma aventura inesquecível.

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

"Viva Colónia!"

"Ich liebe das Leben,
die Liebe und die Lust.
(...)
Viva Colónia!"
Na maioria das cidades alemãs amanhã (para nós dia de Carnaval), não é feriado. Por cá o Carnaval começa no dia 11 do 11 às 11h e 11 minutos, com a preparação dos grupos, etc. Mas a maioria dos desfiles são no sábado ou no domingo, depois volta-se ao trabalho.
Por isso foi um pouco estranho chegar agora a Osnabrueck com a cara toda pintada (ou melhor, borrada), já que toda a gente ficou a olhar para nós. Em Colónia festeja-se o maior Carnaval da Alemanha, que começou na passada sexta-feira e vai até amanhã, assim aproveitámos e hoje demos (um grupo de cerca de 30 pessoas) um "saltinho" a Colónia. Os números apontam para cerca de 2 ou 2,5 milhões de pessoas, o que é certo é que quase não tínhamos acesso às ruas principais por onde passava o desfile. Depois de muito esforço e de nos cruzarmos com "galinhas", "colchões" ou mesmo "tampões", lá conseguimos chegar à frente e encher os bolsos com chocolates (que atiravam dos carros) e flores.
Na cabeça soa ainda o "hino" de Colónia, com que inicei esta posta, que se entoava em todo o lado.
Tradução: Eu amo a vida, o amor e o prazer ( vontade). Viva Colónia!

domingo, fevereiro 06, 2005

O silêncio

Era uma vez… um homem que foi a um mosteiro. Um daqueles mosteiros perdidos no nada, onde se vive longe do rebuliço das cidades. Ou talvez, um daqueles mosteiros no meio das cidades, mas que quando se entra neles parece que se entra num outro mundo. O que é certo é que era um mosteiro onde o silêncio imperava. Ao entrar no mosteiro, o homem encontrou um monge a tirar água de um poço. Dirigiu-se ao monge e perguntou-lhe porque viviam naquele silêncio (que quase lhe parecia perturbador). Ao invés de responder, o monge disse ao homem para olhar para o fundo do poço e perguntou-lhe o que via. Depois de olhar as águas conturbadas, o homem disse que nada via, a não ser a agitação das águas de onde o monge tinha acabado de tirar o balde. Passados uns longos minutos, prolongados pelo silêncio, o homem voltou a perguntar ao monge o porquê daquele silêncio e o monge voltou a pedir ao homem para contemplar a água do poço. Desta vez, o homem viu a sua imagem reflectida nas águas calmas do poço e foi isso que disse ao monge. O monge disse então que aquele silêncio servia para se encontrarem com eles próprios, porque as águas agitadas da vida, por vezes, não nos deixam olhar para nós próprios.

… e foi isto que fiz este fim-de-semana, tentei estar um pouco mais comigo.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Internacionalização da Amazónia... e do Mundo

Sobre a questão da globalização, que tem sido tema constante nas últimas aulas que tenho tido, deixo aqui o texto (que recebi por e-mail) de uma parte do discurso que o Ministro da Educação brasileiro, Sr. Cristovam Buarque, fez (durante um debate numa Universidade nos EUA) quando foi questionado sobre a internacionalização da Amazónia. Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um Brasileiro, ao que o Ministro respondeu:
"De facto, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundointeiro...O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia.
Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa! "

Nota: este discurso não foi publicado porque foi censurado.

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

The Greatest... Lusitana!

Ontem lá fiz o primeiro exame e até poderia ter uma boa nota se o exame tivesse sido em português, porque o exame não era difícil de todo, só que na “escolha múltipla” tinha daquelas ratoeiras que por vezes nos passam despercebidas. E percebê-las em alemão?! Esse é que foi o “cabo dos trabalhos”, ainda para mais porque algumas das perguntas pareciam nem ter a resposta correcta… Por isso não tenho muita esperança na nota.
Quanto à apresentação do John Lennon, até podia ter corrido na perfeição, não tivesse o computador resolvido armar-se em impertinente e não reconhecer o tipo de letra, fazendo com que algumas frases se sobrepusessem umas às outras. Mas, mesmo com letras encavalitadas, lá tentámos argumentar que o John Lennon é o maior britânico de todos os tempos (embora nenhuma de nós tivesse essa convicção), graças ao seu importante contributo (por vezes, levado aos extremos) na luta pela paz.
Quanto a mim, vou continuar a minha luta na tentativa de perceber a gramática alemã, embora saiba que isso nunca me levará a ser considerada uma das maiores lusitanas de todos os tempos, mas poderá ser um grande passo nesse sentido! ;-)