sábado, abril 30, 2005

Lição de Vida

Deixo uma história que nos dá uma lição de vida.
"Um professor diante da sua turma de filosofia, sem dizer uma palavra pegou num frasco grande e vazio de maionese e começou a enchê-lo com bolas de golfe.
A seguir perguntou aos estudantes se o frasco estava cheio. Todos estiveram de acordo em dizer que "sim".
O professor tomou então uma caixa de fósforos e a vazou dentro do frasco de maionese. Os fósforos preencheram os espaços vazios entre as bolas de golfe O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, eles voltaram a responder que "Sim".
Logo, o professor pegou uma caixa de areia e a vazou dentro do frasco. Obviamente que a areia encheu todos os espaços vazios e o professor questionou novamente se o frasco estava cheio. Os alunos responderam-lhe com um "Sim" retumbante.
O professor em seguida adicionou duas chávenas de café ao conteúdo do frasco e preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes riram-se nesta ocasião.
Quando os risos terminaram, o professor comentou:
- Quero que percebam que este frasco é a vida. As bolas de golfe são as coisas importantes, como Deus, a família, os filhos, a saúde, os amigos, as coisas que vos apaixonam. São coisas que mesmo que perdêssemos tudo o resto, a nossa vida ainda estaria cheia. Os fósforos são outras coisas importantes, como o trabalho, a casa, o carro etc. A areia é tudo o resto, as pequenas coisas.
Se colocamos primeiro a areia no frasco, não haverá espaço para os fósforos, nem para as bolas de golfe. O mesmo ocorre com a vida. Se gastamos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teremos lugar para as coisas que realmente são importantes.
Prestem atenção às coisas que realmente importam. Estabeleçam as vossas prioridades, e o resto é só areia.
Um dos estudantes levantou a mão e perguntou:
- Então e o que representa o café?
O prof sorriu e disse:
-Ainda bem que perguntas! Isso é só para vos mostrar que por mais ocupada que a vossa vida possa parecer, há sempre lugar para tomar um café com um amigo. "

quarta-feira, abril 27, 2005

Limpezas

Estou super cansada!
Depois de correr um míseros 7 minutos (uma tentativa de fazer jogging. Mas a falta de exercício físico fez com que ficasse frustradíssma, o que me levou à conclusão que tenho que começar a fazer algum exercício, senão qualquer dia não consigo mexer-me!), tive que vir para casa onde me esperava a árdua tarefa de lavar a cozinha juntamente com o resto do pessoal do corredor. Assim passei cerca de hora e meia a lavar frigoríficos.
E depois do merecido duche, vou voltar ao meu chinês, porque ainda me falta saber algumas palavras para a aula de amanhã.

terça-feira, abril 26, 2005

Olhar guloso

Como não tinha almoçado dirigi-me à pastelaria mais próxima, enquanto esperava pelo autocarro. Lá dentro a escolha ficava limitada, uma vez que a variedade não é tanto grande quanto nas pastelarias portuguesas. Optei por uma palmier com chocolate, o que me parecia mais apetitoso e que não era tão caro (dois factores a ter em conta).
Fui-me dirigindo para a paragem saboreando o chocolate e nem vi uma menina aproximar-se de mim. Só de repente vi que dois olhos gulosos me fitavam de tal forma que se pudessem já tinham comido todo o chocolate do meu bolo, ainda tentei ignorar porque a mãe estava ali ao pé e não saberia qual seria a sua reacção de eu oferecer o bolo à menina… Mas aqueles olhos continuavam-me a fitar e eu já nem me sentia bem comigo mesma, por isso perguntei-lhe se queria um bocadinho do meu bolo. E foi como se de repente tivesse acordado. Disse imediatamente que não e dirigiu-se à mãe para lhe contar que eu lhe tinha oferecido um bocadinho do meu bolo e que ela tinha dito que não. Toda satisfeita com ela própria, foi ter com uma outra menina para brincar.
E eu apanhei o meu autocarro.

segunda-feira, abril 25, 2005

Flohmarkt

Flohmarkt. Uma espécie de feira da ladra, em versão alemã, em que cada um leva o que tem em casa e que já não faz falta ou já não gosta. Desde roupa e brinquedos de criança a objectos decorativos e bujigangas.
As ruas da cidade estavam repletas de pequenas bancas cheias de objectos de todo o tipo. É ao gosto do freguês. È só preciso uma “licença” da Câmara e depois levar a banca e a mercadoria e “abancar”.Começou no sábado à noite, prolongando-se pela noite dentro, até ao domingo ao fim da tarde.
Eu fui no sábado à noite com uma amiga. As ruas estavam apinhadas de gente, tanto que havia sítios onde se tinha que andar tipo-sardinha-enlatada. A noite estava óptima, o que foi muito bom para os “feirantes” que iam ali passar a noite. De gelado na mão lá corri as pequenas banquinhas sempre à procura de chineses, porque eram os únicos que tinham bijuteria ;-)

quarta-feira, abril 20, 2005

Continuação?

Fiquei triste com a notícia, mas cá no fundo algo sempre me dizia que seria essa a escolha.
Gostaria de acreditar que o Conclave ainda não acabou, que hoje voltaríamos a ver sair fumo negro da chaminé da Capela Sistina e que os Cardeais teriam mais tempo para ponderar a sua escolha. Mas como as coisas não são assim e não sou eu que mando… tenho que me contentar com a escolha e pedir que o Espírito Santo ilumine o Cardeal… o Papa Bento XVI (ainda me custa não o tratar por Cardeal Ratzinger).
Acredito que talvez fosse esta a vontade de João Paulo II, uma vez que o Cardeal Ratzinger (lá estou eu a cair no mesmo erro) era o seu braço-direito, apesar das suas atitudes por vezes mais conservadoras.
No entanto, eu esperava alguém de um país não europeu. Já era tempo de dar voz aos países subdesenvolvidos. Alguém que desse uma outra dinâmica à Igreja e que continuasse a chamar os jovens.
Resta-me acreditar que o Papa Bento XVI poderá pelo menos continuar a obra de João Paulo II…

domingo, abril 17, 2005

Fim-de-Semana...

Quería-vos contar um pouco do meu fim-de-semana...
Dizer que finalmente conheci uma pessoa que sabe onde é Leiria (uma alemã que conheceu em Erasmus um português que estuda em Leiria) ;-). Que fui à festa de anos de uma colega de Erasmus italiana onde conheci montes de pessoal porreiro. Que... Que...
Mas esta constipação, de que talvez a "noitada" de ontem seja a culpada, está-me a dar uma volta à cabeça, fazendo com que as palavras teimem em sair mas sem sentido algum.
Por isso, acho que o melhor é recolher-me ao “vale dos lençóis” com o meu cházinho quente, já que os “miminhos da mamã” estão um bocado longe…

quinta-feira, abril 14, 2005

Dào.

Dào! Presente!
Esta foi a primeira palavra que aprendi em chinês. Somos cerca de 15 pessoas, todos com uma enorme curiosidade em aprender esta língua que nos deixa os “olhos em bico”.
A aula mais parecia uma aula de música, daquelas onde todos repetimos as escalas musicais para afinar as gargantas. Em chinês, cada vogal e cada ditongo tem quatro tons diferentes, por isso se dermos a entoação mais para cima ou mais para baixo mudamos imediatamente o sentido da palavra.
É também uma espécie da aula de desenho porque desenhar aqueles caracteres também requer a sua arte. Os meus acho que até não ficaram maus de todo, mas para a próxima temos que levar cadernos pautados para terem todos o mesmo tamanho.
Entre sons e rabiscos, lá aprendemos a dizer aquelas coisas básicas como “O meu nome é…” ou “Sou portuguesa” (coisa que em chinês não é tão bonito de se dizer já que a sonoridade da palavra é qualquer coisa como puta…, mas enfim!). O que é certo é que para a semana temos que saber dizer os números até dez todos de seguida e saber “desenhá-los”.
E acabo com um “zàijiàn”, ou seja, “Até à vista!”

terça-feira, abril 12, 2005

Aulas?!?!

Terça-feira, dia livre.
Aproveito para dar uma volta pela cidade, ver as montras e fazer as compras da semana. É como se a semana ainda não tivesse começado, uma vez que ainda não tive nenhuma aula (ou melhor, tive uma na segunda-feira mas faltei). Mas amanhã já tenho aulas e volto a ficar de fim-de-semana na quinta à noite, já que sexta-feira também é dia livre (se fizermos bem as contas, só tenho um dia e meio de aulas por semana). E ainda agora começou a semana e já parece que está no fim! (lol)

segunda-feira, abril 11, 2005

Amesterdão

Amesterdão. Cidade conhecida pelos Coffee-shops, pelo red-light district e pelos seus canais. Uma cidade jovem, a borbulhar de vida, num país onde quase tudo é permitido.
A cidade em si é um pouco cinzenta e suja, tem um ar triste. Mas o ambiente cosmopolita que paira no ar, dá-lhe uma vida um pouco diferente das cidades a que estamos habituados. Na rua os bonés jamaicanos dão um colorido diferente às rastas. Combinações de hippies e dreads misturam-se com os cidadãos normais, dando um novo colorido à cidade.
Nos bairros “tradicionais” as sex-shops confundem-se com os supermercados e os restaurantes. Por detrás de uma pequena janela, numa espécie de montra, mulheres para todos os gostos insinuam-se aos transeuntes.
Num passeio pelos canais da cidade fiquei com uma visão geral de Amesterdão, assim como com um pequeno esclarecimento histórico. Nos canais amontoam-se barcos-casa que são a residência legal de muitos cidadãos de Amesterdão, uma vez que a cidade já não tem mais terreno para construção. No entanto, para muitos este foi o estilo de vida adoptado.
Fui ainda à Sinagoga Portuguesa, a maior sinagoga na Europa, construída por portugueses e espanhóis que fugiram da Península Ibérica durante a Inquisição (século XVI).
O tempo parecia voar e já não dava para visitar o Museu do Van Gogh nem a casa da Anne Frank. Assim fica a promessa de uma próxima visita.

domingo, abril 10, 2005

Na Catequese...

Eles querem brincar, pular e gritar. Ouvir uma história, correr, saltar mesas e cadeiras. Mas se começamos a contar a história perguntam-nos “Quando é que vamos fazer um desenho?”, porém ao fim de cinco minutos a fazer o desenho é vê-los a correr a sala de uma ponta à outra, a descobrirem coisas que nunca antes tinham visto na sala.
Falamos-lhes de Jesus, de Maria, de Deus e as dúvidas começam. Aquelas pequenas perguntas que a nós talvez nunca nos passem pela cabeça a eles saem-lhes como se fosse tão óbvio. E nós, catequistas, por vezes ficamos de boca aberta e sem saber o que responder.
As meninas ouvem as “histórias” com atenção e mandam calar os rapazes se estes as distraem. Concentram-se nos desenhos e perguntam-nos se esta cor fica bem com aquela. Os meninos, por natureza mais irrequietos, conseguem acabar o desenho em menos de 5 minutos, chateando-se uns aos outros “roubando” as canetas do parceiro. Por vezes quando passamos escondem os desenhos, não querem que nós vejamos, tem que ser surpresa até ao fim. E no fim presenteiam-nos com aquelas pequenas obras-primas, cheias de colorido e imaginação.

quinta-feira, abril 07, 2005

Coragem (?)

Faltavam cerca de 15 minutos para a aula começar. Ia ter Sistemas Políticos da EU II e na sala ainda só estava eu e um rapaz com quem tinha tido aulas o semestre passado.
- És de Portugal, não és? – perguntou para meter conversa.
- Sou – respondi, evitando a pergunta “És alemão, não és?” porque a resposta era mais que óbvia.
Passados alguns segundos de silêncio:
- E já tinhas estudo alemão lá?
- Já, três anos. Ah, não, afinal foram cinco.
- Cinco?
- Sim, só que só damos gramática e pouco mais, quase não falamos. – respondi tentando explicar como é que se estuda cinco anos alemão e afinal não se sabe quase nada.
- Foge, eu tive francês durante 3 anos, mas nunca era capaz de ir para lá estudar, porque já não sei nada – retorquiu como que espantado.
- Eu quando aqui cheguei também era como se não soubesse nada. E ainda agora é muito difícil para mim.
- Mesmo assim, é preciso muita coragem para ir para um pais onde quase não percebes o que as pessoas estão a dizer.
- Mas também é uma experiência única nas nossas vidas.
A porta abriu-se e entrou uma avalanche de pessoas que encheram a sala num ápice, entre elas vinha a professora que começou a aula.

quarta-feira, abril 06, 2005

Caras novas

Encontros.
Re-encontros.
Rostos novos, cheios de expectativas, de sonhos.
Re-encontros.
Amigos que já partiram, mas que deixaram saudade.
Amigos que voltamos a encontrar, com quem partilhamos aquelas pequenas aventuras das férias. Risos. Frases onde o inglês, o alemão e todas as outras línguas se confundem, numa tentativa de não deixar escapar qualquer pormenor, como se também nós lá tivéssemos estado.
“Olá, eu sou o Johny da América Central” ou “Olá, eu sou a Jenny dos EUA”
Timidamente aproximam-se de nós. Daquele grupo que parece já se conhecer há algum tempo, que parece estar mais à vontade que os outros. Mas, também nós chegámos aqui sozinhos e às cegas, sem saber o que nos esperava. Também nós gostámos de ser recebidos de braços abertos e de ter alguém disposto a esclarecer-nos aquelas pequenas dúvidas.
Por isso, alargámos a “roda” e convidámo-los a entrar.

segunda-feira, abril 04, 2005

Início do 2º Semestre

É um bocado estranho começar o segundo semestre, numa altura em que a maioria das pessoas já vai a meio dele, mas é assim que se passam as coisas por aqui.
Hoje tive a minha primeira aula deste semestre, Internacionalidade dos Media, e já tenho uma apresentação oral marcada. Agora há que entrar no novo ritmo das aulas, até porque vou ter uma aula às 8 da manhã (!!). No entanto, o horário ainda é mais leve que no semestre passado, embora ainda não esteja completamente definido.

Enquanto isso, vou aproveitando para passear pelas ruas floridas da cidade. Como os dias estão (relativamente) quentes já se vão descobrindo os braços e as pernas brancas, os jardins vão-se enchendo de pessoas a brincar e passear. A Primavera sente-se no ar!

domingo, abril 03, 2005

A Deus

Não há palavras que descrevam este momento…

Um dos Papas mais queridos da História entrou na “morada eterna”, deixando como que um vazio no coração de muitos.
A sua força de vontade e perseverança ajudaram a mudar o curso da história ocidental, assim como da própria Igreja católica. Lutou pela igualdade, pela liberdade, pela paz e pela fraternidade.
João Paulo II aproximou mais a Igreja (como instituição) dos seus crentes, viajando por todo o mundo, chamando os jovens e desafiando convenções.
Um homem revolucionário, que ficará para sempre nos nossos corações agora que partiu para junto do Pai.

ADeus!

sexta-feira, abril 01, 2005

De volta...

De volta... a terras germânicas, após umas longas férias em Portugal.
Tenho aproveitado estes dias para preparar as coisas para este segundo semestre, como fazer o novo plano de estudos e tratar de todas as outras burocracias.
Por cá o sol vai brilhando, apesar do ar ser frio, mesmo assim é óptimo para dar umas voltas pela cidade com amigos. Fui também a uma nova piscina que abriu na cidade, uma espécie de mini-parque aquático com piscinas interiores e exteriores, onde se passa uma óptima tarde e fui ontem jantar a Leverkusen.
Por agora vou acabar o meu plano de estudos, para segunda-feira poder regressar às aulas já com a certeza de que cadeiras vou ter.