Continuo embrenhada na investigação. Esta fase de leitura é muito interessante. Todas as páginas são uma aprendizagem constante, uma descoberta nova. Ainda mais interessante se torna quando o tema é do nosso agrado.
A imigração é um tema que desde sempre me interessou, uma vez que este está relacionado com o lado humano das relações internacionais: os migrantes e os refugiados. Pessoas que deixam o seu país à procura, acima de tudo, de uma vida, de algum modo, melhor. No entanto, o que é que leva uns a sair e lutar por uma nova vida enquanto outros, acomodados, permanecem no seu país? Esta é uma pergunta para a qual é difícil encontrar uma resposta. Eu, por exemplo, tenho esse exemplo em casa: enquanto eu seria capaz de emigrar para um país com a promessa de uma vida melhor, já o meu irmão muito dificilmente seria capaz de deixar o nosso belo país pelo que quer que fosse. Espírito aventureiro, maior desprendimento, ânsia de conhecimento, procura de novas experiências, inconformismo? Ou, pelo contrário, medo da aventura, do desconhecido, conformismo? Várias são as possíveis respostas, mas estas variam consoante o caso, de pessoa para pessoa.
Mas ser imigrante é viver entre dois mundos, o do país de origem e o do país de acolhimento. A reacção a esta vivência pode-se traduzir numa ânsia de retorno ao país de origem, na qual o imigrante não se integra no país de acolhimento, ou pode-se traduzir numa completa assimilação do imigrante pelo país de acolhimento, deixando para trás todo o passado, esquecendo até a língua materna. Já tomei contacto com ambos os casos, os quais são mais característicos da 1ª e 2ª vaga de emigrantes portugueses, os quais fugiram de Portugal para procurarem uma nova vida, mas sempre na esperança de um dia voltar. Há também o meio-termo, aqueles que adequaram a sua vida à cultura e estilo de vida do país de origem, sem contudo perderem o contacto com as suas raízes.
Já divaguei um pouco... agora há que voltar ao trabalho para procurar respostas e novas perguntas.