Ao entrarmos no Castelo dos Templários em Tomar como que somos transportados no tempo e levados até ao tempo das Cruzadas.
O sopro do vento faz lembrar o restolhar das espadas. Um duelo, talvez. Ou treinos, quem sabe?! Silhuetas vestidas de branco com cruzes vermelhas estampadas no peito aparecem e desaparecem nas sombras dos arbustos.
Acorda-se do sonho e o Convento de Cristo ergue-se imponente à nossa frente.
Por estranho que pareça (uma vez que este faz parte dos roteiros das visitas de estudo) nunca tinha visitado o Convento, embora já tivesse estado em Tomar. Oiço um casal de turistas a comentar que "este é o monumento mais bonito de Portugal" e, embora me seja difícil eleger um monumento como "o mais bonito", a verdade é que este faz parte da lista.
Desde a famosa janela Manuela que figura nos nossos manuais escolares, passando pelos numerosos claustros e acabando na capela, há sempre recantos a descobrir, cheios de história. É pena a degradação que o tempo lhe infligiu, mas a sua beleza é intemporal e transporta-nos ainda hoje para uma história cheia de lutas e conquistas, a nossa história.
«Aos templários foram oferecidas muitas terras em Portugal por serviços prestados em combate, incluindo nas conquistas de Santarém e Lisboa, mas em sítio nenhum ficou a sua presença mais marcada do que aqui, no castelo de Tomar, a sua sede. a existência da Ordem, porém, conheceu um fim abrupto com as perseguições em França, desencadeadas em 1307, e com a bula papal Vox in excelso, que a extinguiu em 1312. O papa solicitou aos monarcas europeus a prisão de todos os templários, mas o rei D. Dinis, em Portugal, recusou-se a obedecer.» Em 1319 foi criada a Ordem Militar de Cristo. «D. Dinis entregou a esta nova organização todos os bens da Ordem do Templo, incluindo dez cidades.»
in: SANTOS, José Rodrigues dos; "O Codex 632"
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