As tradições vão-se perdendo se não forem passadas de geração em geração. Há segredos que se mantém nas famílias, outros que morrem com elas. O que acho realmente uma pena...
Ainda este verão conheci uma senhora, já com os seus setenta anos, com umas mãos-de-ouro, que faz umas flores em tecido e papel que são deslumbrantes. No entanto, a senhora dizia que não ia ensinar aquela arte a mais ninguém, que era uma arte de família e como não tem filhos esta arte morreria com ela. Pensei logo que tinha que começar a juntar uns trocos para poder ter uma flor daquelas, antes que a vida pregasse alguma das suas partidas àquela senhora.
Muitas vezes quando nos querem ensinar algo dizemos que não, que agora não é preciso, guardamos para depois. Eu pelo menos já o fiz algumas vezes e hoje arrependo-me. Aprendi que não devemos deixar para amanhã o que "pudemos aprender hoje". E para não deixar morrer algumas tradições familiares tenho ajudado as minhas tias a fazer os doces caseiros (marmelada, geleia, doce de tomate, entre outros), os biscoitos caseiros, os rissóis,... Aqueles cheiros e sabores que fazem parte da minha vida, das minhas recordações. Algumas das receitas são centenárias e não há nada como ver para aprender, porque há pequenos truques que se escondem na prática.
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