A semana passada fui a Braga matar saudades. Lembrei-me do dia que em soube que tinha entrado na Universidade do Minho. O meu pai deu-me a notícia com a alegria estampada no rosto e eu mal conseguia conter as lágrimas (tinha a esperança de entrar em Lisboa, mas no fundo sabia que o meu futuro passava por ali). Braga tão perto de Espanha, tão longe de casa, dos meus amigos. Prometia a mim mesma que não ia estabelecer laços com ninguém, para que mal pudesse voasse para Lisboa sem ficar presa áquela terra, áquela gente. Mas a vida dá muitas voltas e Braga hoje faz parte de mim, da minha história. A cidade. A universidade. Os cheiros. A chuva. Mas principalmente, os amigos, que, apesar de ter terminado o curso, continuam por lá. Um pedaço de mim ainda está em Braga. Sorri ao lembrar-me da primeira vez em que entrei na Universidade e me assustei-me com os "doutores" trajados. Hoje não passavam de um bando de putos que não tem mais nada para fazer do que atazanar os pobres caloiros, mas na altura impunham respeito. Muitas das caras ainda são as mesmas, há mesmo aquelas que já fazem parte da casa. Mas a Universidade continua-se a modernizar e renovar. As caras junto ao placard do meu curso já me eram desconhecidas, assim como muitos dos nomes nas pautas. No entanto, continua a ser uma nossa "segunda casa". As tardes passadas no bar do CP1 ou no Boraki a estudar e a discutir o presente e o futuro. Os nervos na preparação dos exames. As patuscadas. A minha casa.
Ficou a promessa de um regresso em breve.
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