Domingo 19.11. - 22:30 - Dusseldorf
Aterrei com uma hora de atraso devido ao intenso tráfego aéreo, que nos obrigou a "andar" a passear pelos céus alemães. Lá fora os termómetros registavam 5º C, o ar estava gelado. À minha espera estava um dos motoristas da base militar inglesa de Monchengladbach que me levou ao meu "hotel" dentro da base.
Aterrei com uma hora de atraso devido ao intenso tráfego aéreo, que nos obrigou a "andar" a passear pelos céus alemães. Lá fora os termómetros registavam 5º C, o ar estava gelado. À minha espera estava um dos motoristas da base militar inglesa de Monchengladbach que me levou ao meu "hotel" dentro da base.
Segunda-feira 20.11 - Gutersloh

Aproveitei a manhã para dar uma voltinhas pela base-militar. As ruas estavam completamente vestidas de Outono e foi uma delícia passear, bem agasalhada, e saborear o ar fresco da manhã. A base é enorme, uma autêntica vila inglesa escondida dentro de um bosque alemão. As lojas inglesas que lá tem, são uma tentação: todos os produtos típicos ingleses a preços super acessíveis. O problema é que uma simples civil que não trabalhe lá dentro nem lá tenha família não pode fazer compras. Lá tive que me resignar e contentar em olhar apenas.
Depois de almoço um outro motorista foi-me buscar à base e daí fomos buscar a minha acompanhante, uma senhora nos seus 60 anos que veio de propósito do Reino Unido para me fazer companhia e explicar tudo o que se passava no tribunal - witness support.
Duas horas de carro depois lá chegámos ao hotel de Gutersloh, que infelizmente era longe do centro da pequena cidade, o que não deu nem para ir dar uma voltinha.
Terça-feira 22.11 - Osnabrueck
Às 9 horas em ponto já estava no tribunal militar de Gutersloh onde ia ser o julgamento. Depois de ter conhecido a senhora que tratou das minhas viagens, fui levada para a sala de testemunhas. Antes do julgamento começar fui ver a sala de audiências, uma sala normal toda equipada com câmaras e televisão. A minha "acompanhante" explicou-me onde é que eu ia falar e onde se ia sentar quem. Tinham assegurado que do sítio onde a testemunha se sentava não veria a cara do agressor. Do mal o menos, pensei. Perguntaram-me qual o juramento que queria fazer, se queria fazer um onde invocasse Deus ou um isento. Escolhi o juramento religioso, algo como "I swear by God to tell the truth, all the truth and nothing but the truth". De novo na sala de testemunhas foi-me dada a minha queixa formal por escrito para re-ler e relembrar o que tinha sucedido na data da agressão. O julgamento começava às 10 horas e eu seria a primeira de 18 testemunhas a falar, uma vez que fui a primeira a ser agredida. Às 10:20 batem à porta, entra o ajudante da advogada de acusação e esta, e eu pensei "É agora!", e disseram que tinha havido uma alteração e queriam falar com cada uma das testemunhas em particular.
Eu fui a primeira. Afinal quando a sessão de tribunal começou o rapaz pediu um acordo com o advogado de acusação em como se considerava culpado de alguns dos crimes que era acusado. O meu era um deles. A advogada explicou-me que na verdade o meu era dos mais graves, uma vex que fui agarrada em propriedade privada numa zona escondida por arbustos e que algo de mais grave se podia ter passado. Ele considerava-se culpado por me ter agarrado mas não de assédio sexual. Eu aceitei, claro. Resumindo, não tive que falar no tribunal e os ingleses gastaram uma "pipa de massa" comigo para nada!
Pela hora de almoço encontrei-me com um casal amigo que também tinha sido chamado para ser testemunha e eles levaram-me com eles para Osnabrueck onde passei o resto do dia. Aproveitei para dar uma voltinha na cidade para fazer algumas compras, mas principalmente para estar com alguns amigos. O tempo lá foi curto e passou depressa demais o que não deu para ver quase ninguém.
Quarta-feira 22.11 - Portugal
Às 10:37 apanhei o comboio de Osnabrueck para o aeroporto de Dusseldorf. Aí tivemos que estar cerca de 2 horas à espera do avião (depois da hora de embarque), devido a um "pequeno"problema. Ao abastecerem o avião esqueceram-se fechar ou fecharam mal o tanque do combustível e este derramou-se todo pela pista. Foi necessário limpar a pista e evacuar o avião. Apenas um pequeno incidente devido a erro humano que foi prevenido a tempo. E lá regressei eu a Portugal sã e salva.

Sem comentários:
Enviar um comentário